sábado, 5 de dezembro de 2015

Arsenal 3 x 1 Sunderland

Que jogo complicado!

Apesar do placar aí em cima, o jogo não foi nada fácil, não.

Antes dos 05 minutos de jogo, já estávamos levando susto com a possibilidade do primeiro gol dos adversários.

Os Black Cats estavam cheios de vontade de mostrar serviço e, por um bom período, dominaram o jogo.

Parecia que o Arsenal tinha resolvido dar uma festa onde os convidados comandavam o baile.

Levavam muito mais perigo ao nosso gol e todas as nossas tentativas de ataque acabavam nos pés deles.

E os resultados dos outros jogos, das equipes que disputam posição na tabela, nos pressionando cada vez mais.

Aos 33 minutos, o suspiro de alívio!

Segundos depois de mais uma tentativa frustrada, finalmente o gol.

Jogada trabalhada, Özil faz o passe perfeito para Campbell abrir o placar.

Mas, como o caro torcedor já sabe, essa nossa vida não é assim tão simples...

Naquele que poderia ser o último lance do primeiro tempo – aos 45 minutos -, veio o gol de empate.

Duro ver o adversário empatar assim, mas a coisa é ainda pior. Foi gol contra.

Numa cobrança de falta, a bola chega na pequena área a meia altura e Giroud, num lance infeliz, foi tentar desviar a bola e acabou mandando para o fundo das redes, sem chances para que Cech fizesse a defesa.

A surpresa e a tristeza se abatem sobre nós. Nesse momento, voltamos a descer na tabela, mas não mais à quarta posição – onde estávamos quando o jogo começou – e, sim, à quinta, já que o Tottenham estava ganhando o seu jogo e passava à nossa frente.

Antes de o juiz apitar o fim do primeiro tempo, ainda tivemos chance de ampliar o marcador, com Ramsey. Mas foi só isso: chance.

No intervalo, vi muitos torcedores nas redes sociais pedindo Walcott, no lugar de Giroud que havia “entregue o ouro”.

A teimosia de Wenger – que não o tirou no intervalo – compensou.

No segundo tempo, as dificuldades continuavam. Afinal, o convidado estava dividindo o comando do baile com o anfitrião.

Novamente, depois de um lance perdido, sai o tão esperado, desejado e necessário segundo gol – que nos levaria de volta à segunda posição.

Jogada pela esquerda entre Monreal e Ramsey, este cruza com a perna direita e Giroud manda para o gol.

E o vilão se transforma em herói, aos 64 minutos.

A partir daí, parece que tocou um despertador em todos os jogadores e passamos a dominar completamente a festa.

Chegamos a ter mais de 80% de posse de bola.

No entanto, ter a posse de bola só, não resolve.

Corremos novo risco de empate aos 90 minutos.

Aos 93, depois de tantas tentativas, Ramsey enfim faz o dele.

Depois de confusão na área, a bola sobra em seus pés para definir o jogo.

Giroud – O homem-gol.

De vilão a herói.
Hoje, o destaque maior vai para o galã francês que viveu dois momentos distintos e antagônicos em campo.

No fim do primeiro tempo, viveu o vilão.

Ao fazer o gol contra, alguns torcedores, nas redes sociais, o chamavam de cone, inútil e outros adjetivos que não devem ser repetidos.

Ao fazer o gol a favor, virou o herói. Foi esse gol que nos levou de volta à ponta da tabela.

E os torcedores esqueceram a falha e só comemoravam.

Acredito que tenha sido o gol que ele ficou mais feliz de fazer nos últimos tempos, em virtude das circunstâncias.

Inacreditavelmente, apesar de não ser considerado um grande centroavante, Olivier Giroud é capaz de feitos inimagináveis.

Por exemplo, com os acontecimentos do jogo de hoje, ele se tornou o primeiro jogador, desde Thomas Vermaelen em novembro de 2011, a marcar um gol a favor e um contra no mesmo jogo da Premiere League.

Eu, particularmente, me lembrei de Oséas. Aquele do Palmeiras.

Quem o viu jogar, vai lembrar que o negócio dele era fazer gol, não importa de que lado.  

Dava muito susto, mas também muita alegria, como Giroud fez hoje.

Outros destaques:

Ramsey: hoje jogou no meio, onde ele gosta e funcionou bem. Fez gol e deu assistência.

Walcott: retornou aos gramados, entrando durante a partida no lugar de Ox. Sua atuação não comprometeu.

Campbell: não teve uma grande atuação, mas fez o gol que abriu o placar.

Özil: como sempre, jogou muito bem. As ausências de Cazorla e Alexis o prejudicam um bocado, mas a sua genialidade supera qualquer dificuldade. E colocou mais uma assistência na conta.

Cech: não teve culpa no gol. Foi pego de surpresa pelo desvio de Giroud. E garantiu que mais nenhuma bola entrasse.

A tabela

Com o resultado, conseguimos chegar à vice-liderança, com 30 pontos, apenas 02 atrás do Leicester – a grande surpresa da temporada.

Próximo jogo

Quarta-feira, contra o Olympiacos, na Grécia. Mas isso é assunto para outro texto.

Até lá, vamos comemorar a vitória e o que ela representa.

#COYG

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