Liverpool 5 x 5 Arsenal – Eliminação nos pênaltis

Se você não pôde assistir, pelo placar, já dá para ter uma ideia de como foi o jogo.

Foi, como disse Mauro Cezar, um ótimo entretenimento. Se você não torce por nenhuma das equipes.

Para nós torcedores, foi sofrido.

Logo aos 06 minutos, Mustafi, num lance de azar, abre o placar para os donos da casa.

Aposto que muita gente pensou que íamos tomar um sacode.

Mas não foi bem assim.

Aos 19 minutos, Torreira, em posição de impedimento, empatou o jogo. Como não utilizam o VAR na competição (pelo menos nessa fase), o gol foi validado.

Aos 26, a estrela de Gabriel Martinelli brilhou de novo e viramos o jogo. Começamos a sorrir.

10 minutos depois, Martinelli marca mais um. Já são 07 gols em 07 jogos. Seria ele uma máquina de fazer gols? Até o momento, tem sido. Que assim permaneça.

Com uma vantagem de dois gols no placar, nosso sorriso fica mais largo.

Porém, antes de acabar o primeiro tempo, Milner diminui a vantagem, de pênalti.

E começa a voltar a preocupação...

Voltamos do vestiário e, aos 54 minutos, Maitland-Niles amplia novamente a diferença, com uma bela assistência de Özil.

Nesse ponto, estávamos vencendo pelo placar de 4x2. A sequência na competição parecia real.

Quatro minutos depois, entra em ação a Lei do Ex e Ox marca um golaço para os Reds.

Mais quatro minutos, mais um golaço dos anfitriões, dessa vez, marcado por Origi.

E já estava tudo igual novamente: 4x4.

Mas a temporada de golaços ainda não havia acabado: Willock nos coloca em vantagem outra vez, aos 70 minutos.

Ainda tinha muito jogo pela frente...

Chegamos aos 90 minutos e a vitória parecia concretizada.

Mas, nos acréscimos, tudo mudou: aos 94 minutos, o empate. Origi, de novo.

E o empate levou a decisão para os pênaltis.

Nossos batedores foram: Bellerín, Guendouzi, Martinelli, Ceballos e Maitland-Niles.

A cobrança de Ceballos parou nas mãos do goleiro.

Pelo Liverpool, bateram Milner, Lallana, Brewster, Origi, Jones e não desperdiçaram nenhuma cobrança.

E foi assim que os donos da casa se classificaram e comprovaram o ditado que diz: “Quem ri por último, ri melhor”.

Certamente, o resultado deixou a situação de Unai Emery um pouco pior do que já estava antes do jogo.

Principalmente por ter tirado Özil de campo, quando ele vinha tendo uma atuação primorosa, deixando claro o seu desafeto pelo jogador.

Com relação ao destempero de Xhaka

A atitude do nosso capitão, de jogar a camisa no chão e ir direto para os vestiários, após ser substituído e vaiado, a princípio pareceu uma reação exagerada.

Mas, com o tempo, alguns fatos vêm à tona e a verdade aparece.

Alguns torcedores, já há algum tempo, estão reclamando das atuações do suíço, afirmando que ele não é material para o Arsenal.

Podem até ter razão, não vou entrar nesse mérito. E até acho que torcedor tem direito de reclamar quando o jogador não entrega tudo o que sabe e pode, assim como, também tem o direito de cobrar que faça mais pela camisa que veste.

A questão é que muitos torcedores esquecem que, antes de tudo, o jogador é um SER HUMANO igual a você, eu e todos nós.

Profissionalmente, está tudo bem fazer cobranças. Pessoalmente, é inadmissível qualquer tipo de ataque.

E o nosso capitão vem sofrendo ataques nas redes sociais; vem tendo a sua integridade física ameaçada; vem tendo as integridades físicas de sua esposa e filha ameaçadas.

Pessoas que se dizem torcedores, vêm postando nas redes sociais dele coisas do tipo: “vamos quebrar suas pernas”; “tomara que sua esposa seja estuprada”; “tomara que sua filha tenha câncer”.

Então, você aí, que não gosta dele, é um direito seu. Mas, acima de tudo, respeite o ser humano que ele é. Ele merece ser respeitado por você, da mesma forma que você espera e, muitas vezes, exige que os outros te respeitem.

A atitude dele foi correta? Não. Ele errou? Sim. Ele desrespeitou clube, os colegas e a torcida? Sim.

Agora vêm as perguntas mais importantes: quem NUNCA errou nesta vida? Quem NUNCA cometeu um ato impensado? Quem NUNCA se deixou levar pelas emoções?

Não costumo fazer esse tipo de citação, mas, como disse Jesus Cristo, “que atire a primeira pedra, quem nunca pecou”.

E, para jogar uma pá de cal e encerrar este assunto, ele postou um pedido de desculpas a todos nas redes, em que ele reconhece e admite o erro e traz à tona os fatos acima expostos.