Que jogo complicado!
Apesar do placar aí em cima, o jogo não foi nada fácil,
não.
Antes dos 05 minutos de jogo, já estávamos levando susto
com a possibilidade do primeiro gol dos adversários.
Os Black Cats
estavam cheios de vontade de mostrar serviço e, por um bom período, dominaram o
jogo.
Parecia que o Arsenal tinha resolvido dar uma festa onde
os convidados comandavam o baile.
Levavam muito mais perigo ao nosso gol e todas as nossas
tentativas de ataque acabavam nos pés deles.
E os resultados dos outros jogos, das equipes que
disputam posição na tabela, nos pressionando cada vez mais.
Aos 33 minutos, o suspiro de alívio!
Segundos depois de mais uma tentativa frustrada, finalmente
o gol.
Jogada trabalhada, Özil faz o passe perfeito para
Campbell abrir o placar.
Mas, como o caro torcedor já sabe, essa nossa vida não é
assim tão simples...
Naquele que poderia ser o último lance do primeiro tempo –
aos 45 minutos -, veio o gol de empate.
Duro ver o adversário empatar assim, mas a coisa é ainda
pior. Foi gol contra.
Numa cobrança de falta, a bola chega na pequena área a
meia altura e Giroud, num lance infeliz, foi tentar desviar a bola e acabou
mandando para o fundo das redes, sem chances para que Cech fizesse a defesa.
A surpresa e a tristeza se abatem sobre nós. Nesse
momento, voltamos a descer na tabela, mas não mais à quarta posição – onde estávamos
quando o jogo começou – e, sim, à quinta, já que o Tottenham estava ganhando o
seu jogo e passava à nossa frente.
Antes de o juiz apitar o fim do primeiro tempo, ainda
tivemos chance de ampliar o marcador, com Ramsey. Mas foi só isso: chance.
No intervalo, vi muitos torcedores nas redes sociais
pedindo Walcott, no lugar de Giroud que havia “entregue o ouro”.
A teimosia de Wenger – que não o tirou no intervalo –
compensou.
No segundo tempo, as dificuldades continuavam. Afinal, o convidado
estava dividindo o comando do baile com o anfitrião.
Novamente, depois de um lance perdido, sai o tão
esperado, desejado e necessário segundo gol – que nos levaria de volta à
segunda posição.
Jogada pela esquerda entre Monreal e Ramsey, este cruza
com a perna direita e Giroud manda para o gol.
E o vilão se transforma em herói, aos 64 minutos.
A partir daí, parece que tocou um despertador em todos os
jogadores e passamos a dominar completamente a festa.
Chegamos a ter mais de 80% de posse de bola.
No entanto, ter a posse de bola só, não resolve.
Corremos novo risco de empate aos 90 minutos.
Aos 93, depois de tantas tentativas, Ramsey enfim faz o
dele.
Depois de confusão na área, a bola sobra em seus pés para
definir o jogo.
Giroud – O homem-gol.
De vilão a herói. |
Hoje, o destaque maior vai para o galã francês que viveu
dois momentos distintos e antagônicos em campo.
No fim do primeiro tempo, viveu o vilão.
Ao fazer o gol contra, alguns torcedores, nas redes
sociais, o chamavam de cone, inútil e outros adjetivos que não devem ser repetidos.
Ao fazer o gol a favor, virou o herói. Foi esse gol que
nos levou de volta à ponta da tabela.
E os torcedores esqueceram a falha e só comemoravam.
Acredito que tenha sido o gol que ele ficou mais feliz de
fazer nos últimos tempos, em virtude das circunstâncias.
Inacreditavelmente, apesar de não ser considerado um
grande centroavante, Olivier Giroud é capaz de feitos inimagináveis.
Por exemplo, com os acontecimentos do jogo de hoje, ele
se tornou o primeiro jogador, desde Thomas Vermaelen em novembro de 2011, a
marcar um gol a favor e um contra no mesmo jogo da Premiere League.
Eu, particularmente, me lembrei de Oséas. Aquele do
Palmeiras.
Quem o viu jogar, vai lembrar que o negócio dele era
fazer gol, não importa de que lado.
Dava muito susto, mas também muita alegria, como Giroud
fez hoje.
Outros
destaques:
Ramsey: hoje jogou no meio, onde ele gosta e funcionou
bem. Fez gol e deu assistência.
Walcott: retornou aos gramados, entrando durante a
partida no lugar de Ox. Sua atuação não comprometeu.
Campbell: não teve uma grande atuação, mas fez o gol que
abriu o placar.
Özil: como sempre, jogou muito bem. As ausências de
Cazorla e Alexis o prejudicam um bocado, mas a sua genialidade supera qualquer
dificuldade. E colocou mais uma assistência na conta.
Cech: não teve culpa no gol. Foi pego de surpresa pelo
desvio de Giroud. E garantiu que mais nenhuma bola entrasse.
A
tabela
Com o resultado, conseguimos chegar à vice-liderança, com
30 pontos, apenas 02 atrás do Leicester – a grande surpresa da temporada.
Próximo
jogo
Quarta-feira, contra o Olympiacos, na Grécia. Mas isso é
assunto para outro texto.
Até lá, vamos comemorar a vitória e o que ela representa.
#COYG
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