terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Arsenal 2 x 0 Bournemouth

Os homens dos gols
Último compromisso do ano.

A escalação, diferente da equipe que vinha jogando, trazia 04 “novidades”: Gabriel, Gibbs, Chambers e Ox.

Só de ler que Koscielny, Monreal, Flamini e Campbell estavam fora do jogo – apesar da derrota de sábado – imaginei o pior.

Um começo do jogo que estava dando desespero.

Apesar de o adversário ser um estreante no campeonato, estava dando bastante trabalho.

Marcava bem, encontrava espaços e chegava com facilidade à área.

Até que, a partir dos 20 minutos, os comandados de Wenger resolveram começar a jogar de verdade e partir para o ataque.

Depois de umas 03 ou 04 tentativas frustradas, veio a movimentação no placar.

Numa cobrança de escanteio do Mago Özil, Gabriel entra sozinho e cabeceia mandando a bola para o gol.

E um gol muito importante, cheio de significados.

Foi o primeiro gol de Gabriel com a camisa do Arsenal.

Foi o gol que nos levou à liderança provisória do campeonato.

Foi o gol que marcou a 16ª assistência do Mago, em 18 jogos.

Foi o gol que, acima de tudo, iniciou a redenção depois da derrota de sábado.

Depois desse gol fantástico, o jogo mudou completamente.

Os Gunners cresceram e The Cherries murcharam e se encolheram.

Passou a valer, então, o fator casa e toda a grandeza de uma equipe que jamais foi rebaixada, contra a inexperiência de uma equipe recém-chegada à primeira divisão.
No retorno do intervalo, entretanto, os visitantes resolveram retomar a postura do início do jogo.

Pressionavam, marcavam bem, fechavam os espaços e chegavam à área adversária.

Mas ontem não era dia de tomar gol.

Era dia de fazer.

Depois de tabelar com Giroud, este devolve lindamente de calcanhar para Özil tirar do goleiro e mandar para o fundo das redes.

O placar não se alterou mais até o apito final, então vou passar aos destaques do jogo.

Gabriel – chegou ao Emirates há menos de 01 ano (veio na janela de inverno passada), no início tinha muita dificuldade por desconhecimento do idioma.

Seus primeiros jogos foram razoáveis, mas, mesmo assim, dava para notar todo o seu potencial.

De todos os reservas, é sem dúvida, o nosso melhor a ocupar o banco e o único que não me causou preocupação ao ler a escalação. Há quem diga que logo deve tomar a posição de Mertesacker.

Já havia mostrado muita atitude e agradado muito a torcida naquele fatídico episódio com Diego Costa naquele malfadado jogo contra o Chelsea.

A sua atuação ontem foi, simplesmente, impecável, irretocável. Muito seguro na zaga, não nos causou sustos em nenhum momento.

E o gol, você me pergunta. O gol foi a cereja do bolo. A recompensa máxima de um jogador que demonstra raça, vontade, amor e respeito à camisa e à torcida, mesmo tendo poucas oportunidades de entrar em campo.

Parabéns, Gabriel! Pelo gol, pela atuação, pelo caráter! Deixe seu nome marcado na história do clube. Vire um legend.

Özil – o alemão que, por um bom tempo, dividia a torcida. Grande parte o amava, outra grande parte o criticava duramente.

Diziam os críticos que ele era preguiçoso, sem vontade, que sumia nos jogos importantes...

Por outro lado, seus defensores (e, nesse grupo eu me incluo), argumentavam que ele tem um estilo próprio de jogar, diferente da grande maioria dos atletas, que ele não é jogador que corre, mas que pensa o jogo.

Gradativamente, ele passou a mostrar aos que o criticavam que seus defensores estavam certos.

Dono de um estilo fino e elegante de jogo, de uma visão espetacular que sempre sabe onde está o companheiro e onde mandar a bola, vem usando seus poderes de Mago e encantando a todos.

Críticos ferrenhos se renderam e passaram a amá-lo com fervor.

E ontem, mais uma vez, ele foi o dono do jogo.  

Teve, indiscutivelmente, de forma individual, se não a melhor, uma das melhores atuações da temporada.

Verdade seja dita: sem ele não estaríamos onde estamos hoje.

E o gol? Ah, o gol. Devo salientar que gol do Özil é sempre uma surpresa já que ele mesmo declarou que prefere dar assistências.

Mas esse gol, além de coroar a sua maravilhosa atuação, deu a chance ao Giroud de dar uma assistência linda. A dupla voltou a funcionar, com os papéis trocados.

Não à toa, o alemão foi escolhido o homem do jogo.

Chambers – ontem o menino, de apenas 20 anos, acostumado a atuar como zagueiro ou lateral, jogou de volante. Confesso que me surpreendeu positivamente.

Não o acho um grande jogador, mas atribuo isso à sua juventude e inexperiência e acredito, honestamente, que ele possa melhorar muito.

Ontem, como volante, vi outro lado dele. E gostei. Ainda não é o ideal. Mas comecei a entender a razão de algumas pessoas chamarem Wenger de gênio – já que foi ele quem resolveu deslocar o menino para essa posição.

Enfim, esse último jogo do ano nos trouxe todas as alegrias possíveis:

- vitória;
- 03 pontos;
- liderança provisória;
- primeiro gol do Gabriel;
- assistência de Özil;
- gol de Özil;
- assistência de Giroud.

E, como se tudo isso não bastasse, ainda teve quebra de recorde.

Petr Cech chegou à incrível marca de 170 jogos na Premier League sem tomar gols.

Ou seja, fechamos 2015 com chave de ouro!

Desejo a todos uma boa passagem de ano, com muita saúde, paz, amor, sucesso e sonhos realizados.

Que venha 2016! Que seja o ano do título!

Até o ano que vem!

#COYG

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