sexta-feira, 10 de maio de 2019

Valencia 2 x 4 Arsenal – Vamos à Baku



Que sufoco!

Que sofrimento!

Sim, teve sufoco e sofrimento, sim!

O placar talvez não deixe isso claro, mas o jogo foi muito, muito difícil.

E, cá entre nós, as nossas memórias afetivas recentes nos deixaram traumatizados e desconfiados.

Claro que todos nós queríamos, desejávamos, ansiávamos sonhávamos com essa ida para a final de uma competição europeia.

Mas, aposto que muitos de nós (a maioria provavelmente), não confiávamos 100% que isso poderia acontecer.

Vamos fazer um resuminho da situação de antes e de durante o jogo.

Antes

Fizemos uma campanha sensacional nesta edição da competição.

Desde o início até o penúltimo jogo (semifinal), tivemos apenas 02 derrotas e um empate. Ou seja, em 14 partidas disputadas, vencemos 11.

Chegamos à semifinal, contra uma equipe espanhola (novamente), o que já nos deixou “com a barba de molho”, com as recordações negativas da temporada passada.

O nosso retrospecto jogando fora de casa na competição nacional não é nada animador, afinal, 03 derrotas e 01 empate nos últimos 05 jogos é para desanimar qualquer um.

As viradas ocorridas nas semifinais da UCL também nos deixaram apavorados.

Voamos para a Espanha com a classificação encaminhada, mas sabíamos que seria um confronto complicado, com uma equipe valente que lutaria até o fim e não desistiria enquanto houvesse chance de reverter o resultado.

Durante

LacAuba - a dupla que nos levou à final

Foi exatamente isso que encontramos. Uma equipe disposta a jogar “a partida da vida”, a lutar, a pressionar, até virar a mira dos canhões para o lado inverso.

Tanto lutaram que abriram o placar, aos 11 minutos, com Gameiro.

Como era de se esperar, com o gol a favor (diminuindo a desvantagem), eles cresceram no jogo e passaram a pressionar ainda mais.

Durante tenebrosos minutos que pareciam intermináveis, assistimos, praticamente, a um jogo de uma só equipe. Eles “faziam o que queriam” e nós olhávamos, impotentes.

Até que, aos 17 minutos, Aubameyang nos deu o primeiro alívio, num lance iniciado por Cech, com um lançamento longo, escorado por Lacazette.

Era o que precisava para deixar o jogo ainda mais quente e animado.

Aos 50 minutos, foi a vez de Lacazette nos deixar felizes e confiantes, ao receber a bola na área, girar, abrir espaço e bater para o gol.

Contudo, nada estava decidido.

Os donos da casa ainda perseguiam o resultado que precisavam e nos davam muito trabalho.

E, aos 58 minutos, Gameiro, novamente, altera o placar.

Embora a equipe espanhola não tenha desistido do jogo, nem por um segundo, os visitantes londrinos conseguiram começar a ditar o ritmo do jogo.

Foi assim que Aubameyang marcou mais duas vezes, aos 69 e aos 89 minutos, este último um golaço.

Comportamento

Os jogadores – com os nervos à flor da pele – andaram se desentendendo bastante durante a partida.

Após o quarto gol, a equipe espanhola perdeu a cabeça de vez e houve uma grande confusão entre os “de lá” e os “de cá”, que levou o árbitro a assinalar o fim da partida.

Apesar de toda essa tensão, o número de faltas foi relativamente baixo. Até os 30 minutos de jogo, só havia sido marcada uma falta.

Depois


Ao final do jogo, já classificados, com o passaporte carimbado, os jogadores foram para o vestiário comemorar, tirar fotos, publicar nas redes sociais.

Nós, torcedores que acompanhávamos pela TV, passamos a assistir o restante da outra partida da semifinal, para saber quem seria o nosso adversário.

As outras duas equipes – Chelsea e Eintracht Frankfurt – empataram no tempo normal. A partida teve prorrogação e pênaltis.

E, embora a equipe alemã estivesse com vantagem na disputa das penalidades, não converteu as duas últimas cobranças, permitindo mais uma “virada” e a classificação da equipe londrina.

Ou seja, a final será entre duas equipes do mesmo país e da mesma cidade.

Curiosidade

A final da Champions League também será disputada entre duas equipes inglesas.

A cidade de Londres está muito bem representada com três times em duas finais.  

As duas taças irão para a Inglaterra – que é o primeiro país na história a ter 04 equipes nas duas finais.

Dessa vez, podemos fazer como os ingleses e afirmar, com toda a certeza do mundo que “o futebol está voltando para casa”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário