Que sufoco!
Que sofrimento!
Sim, teve sufoco e sofrimento, sim!
O placar talvez não deixe isso claro, mas o jogo foi
muito, muito difícil.
E, cá entre nós, as nossas memórias afetivas recentes nos
deixaram traumatizados e desconfiados.
Claro que todos nós queríamos, desejávamos, ansiávamos
sonhávamos com essa ida para a final de uma competição europeia.
Mas, aposto que muitos de nós (a maioria provavelmente),
não confiávamos 100% que isso poderia acontecer.
Vamos fazer um resuminho da situação de antes e de
durante o jogo.
Antes
Fizemos uma campanha sensacional nesta edição da
competição.
Desde o início até o penúltimo jogo (semifinal), tivemos apenas
02 derrotas e um empate. Ou seja, em 14 partidas disputadas, vencemos 11.
Chegamos à semifinal, contra uma equipe espanhola
(novamente), o que já nos deixou “com a barba de molho”, com as recordações
negativas da temporada passada.
O nosso retrospecto jogando fora de casa na competição
nacional não é nada animador, afinal, 03 derrotas e 01 empate nos últimos 05
jogos é para desanimar qualquer um.
As viradas ocorridas nas semifinais da UCL também nos
deixaram apavorados.
Voamos para a Espanha com a classificação encaminhada,
mas sabíamos que seria um confronto complicado, com uma equipe valente que
lutaria até o fim e não desistiria enquanto houvesse chance de reverter o
resultado.
Durante
LacAuba - a dupla que nos levou à final |
Foi exatamente isso que encontramos. Uma equipe disposta a
jogar “a partida da vida”, a lutar, a pressionar, até virar a mira dos canhões
para o lado inverso.
Tanto lutaram que abriram o placar, aos 11 minutos, com
Gameiro.
Como era de se esperar, com o gol a favor (diminuindo a
desvantagem), eles cresceram no jogo e passaram a pressionar ainda mais.
Durante tenebrosos minutos que pareciam intermináveis,
assistimos, praticamente, a um jogo de uma só equipe. Eles “faziam o que
queriam” e nós olhávamos, impotentes.
Até que, aos 17 minutos, Aubameyang nos deu o primeiro
alívio, num lance iniciado por Cech, com um lançamento longo, escorado por
Lacazette.
Era o que precisava para deixar o jogo ainda mais quente
e animado.
Aos 50 minutos, foi a vez de Lacazette nos deixar felizes
e confiantes, ao receber a bola na área, girar, abrir espaço e bater para o
gol.
Contudo, nada estava decidido.
Os donos da casa ainda perseguiam o resultado que
precisavam e nos davam muito trabalho.
E, aos 58 minutos, Gameiro, novamente, altera o placar.
Embora a equipe espanhola não tenha desistido do jogo,
nem por um segundo, os visitantes londrinos conseguiram começar a ditar o ritmo
do jogo.
Foi assim que Aubameyang marcou mais duas vezes, aos 69 e
aos 89 minutos, este último um golaço.
Comportamento
Os jogadores – com os nervos à flor da pele – andaram se
desentendendo bastante durante a partida.
Após o quarto gol, a equipe espanhola perdeu a cabeça de
vez e houve uma grande confusão entre os “de lá” e os “de cá”, que levou o
árbitro a assinalar o fim da partida.
Apesar de toda essa tensão, o número de faltas foi
relativamente baixo. Até os 30 minutos de jogo, só havia sido marcada uma
falta.
Depois
Ao final do jogo, já classificados, com o passaporte
carimbado, os jogadores foram para o vestiário comemorar, tirar fotos, publicar
nas redes sociais.
Nós, torcedores que acompanhávamos pela TV, passamos a
assistir o restante da outra partida da semifinal, para saber quem seria o
nosso adversário.
As outras duas equipes – Chelsea e Eintracht Frankfurt –
empataram no tempo normal. A partida teve prorrogação e pênaltis.
E, embora a equipe alemã estivesse com vantagem na
disputa das penalidades, não converteu as duas últimas cobranças, permitindo
mais uma “virada” e a classificação da equipe londrina.
Ou seja, a final será entre duas equipes do mesmo país e
da mesma cidade.
Curiosidade
A final da Champions League também será disputada entre
duas equipes inglesas.
A cidade de Londres está muito bem representada com três times
em duas finais.
As duas taças irão para a Inglaterra – que é o primeiro
país na história a ter 04 equipes nas duas finais.
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