Mais um clássico recheado de ingredientes “típicos” de um
clássico.
E até alguns atípicos.
Afinal, não é sempre que vemos um árbitro apresentar 05
cartões amarelos em cinco minutos.
Isso mesmo, um cartão amarelo por minuto.
Atípica, também, foi a forma do Manchester United jogar.
Ou melhor, de nos impedir de jogar.
Diversamente do habitual, Mourinho não “estacionou o ônibus”.
Dessa vez, seus jogadores entraram para resolver o jogo na pancadaria.
Como bateram nos nossos “meninos”.
Holding foi o primeiro a ser abatido. Após ser tocado por
Rashford, nosso zagueiro precisou ser substituído, retornando a Londres
imediatamente, com uma lesão no joelho esquerdo.
Ainda não foi divulgada a gravidade da lesão e quanto
tempo ele ficará afastado dos gramados.
No finalzinho do primeiro tempo, foi a vez do capitão
Ramsey sentir uma lesão no tornozelo direito.
Aparentemente, menos grave que a de Holding, considerando
que ele aguentou terminar os primeiros 45 minutos no campo.
Eles também tiveram baixa. Martial sentiu lesão após
cometer falta em Sokrátis. É o que podemos chamar de “tiro que saiu pela
culatra”.
A cena mais bizarra, no entanto, foi protagonizada pelo
ex cabeludo Fellaini que, talvez num surto de inveja, puxou o cabelo de
Guendouzi.
Curiosamente, nem advertido foi.
Os gols
Os gols saíram em função de muitas falhas de ambas as
partes.
O primeiro gol foi resultado de uma falha de De Gea.
Torreira cobra escanteio direto para dentro da área, Mustafi
mergulha, De Gea espalma a bola que passa por cima dele, Ander Herrera tenta
salvar, mas a linha do gol já havia sido cruzada.
O placar estava aberto, a nosso favor, aos 26 minutos.
Aos 31, em cobrança de falta, vem o empate.
Rojo cobra direto para o gol, Leno defende, a bola sobra
para Ander Herrera, impedido, recuperar, cruzar para trás e Martial completar
para o gol.
Nova pixotada, aos 68 minutos, Rojo perde a bola para
Lacazette, que tabela com Mkhitaryan e, quando vai finalizar, é travado por
Rojo que empurra a bola para o gol, nos colocando em vantagem, novamente.
Eu achava que o gol era do Lacazette, mas vi hoje de
manhã, que o gol foi creditado contra, mesmo.
Se no primeiro gol a alegria durou pouco, nesse segundo,
então, ela foi embora com a velocidade da luz.
No minuto seguinte, na saída de bola, Lingard recebe
lançamento longo e aproveita a indefinição de Leno e Sokrátis para igualar o
placar outra vez.
Ainda tivemos duas cenas inacreditáveis.
Dois gols que não valeram.
Na primeira situação, Lacazette aproveita a distração de
De Gea que estava com a bola na mão para reiniciar o jogo, cabeceia a bola,
jogando-a no chão e chuta para o gol.
Infelizmente, esse tipo de lance não vale. O goleiro não
pode ser “importunado” no momento de recolocar a bola em jogo.
O outro deu ainda mais dó.
Mkhitaryan faz um golaço, da linha de fundo, após pegar
rebote da defesa de De Gea. Mas estava em posição de impedimento.
Da posição onde ele estava – desconsiderando o impedimento
– o ângulo para acertar o gol era muito difícil. E ele conseguiu.
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