Milagrosamente, dessa vez, ninguém culpou o bonitão francês.
Será que, finalmente, os haters se renderam aos encantos do Muso Giroud?
Há quem culpe o Mágico de Özil, dizendo que “ele é preguiçoso”, “nem despertador acorda
ele”.
Aí você entra no twitter
e lê: “Most chances
created so far this season: Özil (10) Mkhitaryan (9) Redmond (8) Tadic (6)
Xhaka (6)” ou, em bom português, “chances criadas até agora nesta temporada: Özil
(10) Mkhitaryan (9) Redmons (8) Tadic (6) Xhaka (6).
Então, essa história de preguiça não está colando bem.
Próximo alvo é o volante suíço. Esse, até poderia dizer que tem certa
parcela de culpa, afinal é o segundo jogo da temporada em que os adversários veem
nascer dos seus pés as jogadas que resultam em gol.
Ainda assim, não credito a ele a maior culpa.
Como eu postei, logo depois do jogo, em um grupo “O
problema do Arsenal é o W: Walcott, Welbeck e Wenger”.
Vamos falar um pouco desses três.
Nesse jogo, especificamente, o primeiro (Walcott) não
teve culpa de nada.
Começou o jogo no banco de reservas, entrou em campo já
com o placar adverso e não teve tempo suficiente para alterar o resultado.
Welbeck. Esse eu diria que tem grande parcela de culpa
pelo resultado adverso.
Como perde gols! É chocante e absurda a quantidade de
gols perdidos pelo atacante inglês.
Esteve em campo os 90 minutos e, sinceramente, não
entendi até agora qual seria a razão disso.
Mas, o maior culpado do que aconteceu no último jogo é o
Sr. Wenger – o último W da lista.
Quando eu li que Mustafi iria voltar, imaginei que
teríamos a zaga completa (Mertesacker, Mustafi e Holding).
Pode até ser que ainda não fosse a formação dos sonhos,
mas Koscielny seguia suspenso.
No entanto, para surpresa de todos, Wenger monta o seu
esquema de três zagueiros, com um zagueiro só: Mustafi.
E improvisa dois laterais nas duas outras posições:
Monreal e Kolasinac.
E você acha que não pode piorar? Sim, pode.
Mertesacker estava no banco de reservas.
Holding nem foi relacionado. Jogou pelo U23.
Não bastasse dois laterais na zaga, Wenger escala
Bellerín do lado errado.
A pergunta que não quer calar: para que?
Não seria muito mais simples, óbvio e lógico colocar os três
zagueiros e os laterais nas suas posições habituais?
Até seria aceitável colocar Monreal como zagueiro, uma
vez que não foi a primeira vez e ele até consegue se virar bem.
Mas não Kolasinac. Não foi necessário assistir a muitos
jogos do bósnio para perceber que ele tem inclinação para ir ao ataque.
Parece muito claro que, colocar na zaga um jogador que,
por característica, constantemente, vai ao ataque, não vai dar certo.
Aparentemente, só Wenger não sabia disso.
Acha que acabou? Ainda não. Tivemos mais erros do
comandante francês.
As substituições, como de hábito, saíram somente faltando
20 minutos de jogo, com o placar já adverso.
A primeira foi a troca de Kolasinac por Giroud.
Não sei se tiraria o bósnio, mas o francês deu um novo ânimo
ao jogo.
As chances de gol aumentaram consideravelmente.
Em determinado momento, Lacazette chegou até a empatar,
mas a arbitragem invalidou o gol por impedimento.
Então Wenger faz as duas substituições a que ainda tinha
direito.
Iwobi vem para o lugar de Xhaka e (pasmem!) Walcott entra
para a saída de Lacazette.
Essa última troca, realmente, é inexplicável!
Como ele tira Lacazette e deixa Welbeck em campo?
Ele não viu como estava boa a dinâmica entre os dois
franceses (Giroud e Lacazette)?
Por mais que eu não goste de Walcott, a entrada dele não seria
problema, se tivesse saído o Welbeck.
Conclusão: o time voltou a ficar inofensivo, sem poder no
ataque e a derrota foi inevitável.
Entendo o sentimento de revolta que se apossou dos
torcedores, mas não justifica muitas coisas que andei lendo, por exemplo, “o Arsenal vai brigar para não cair” e o
já manjado “vou deixar de acompanhar”.
Torcedor que se preza se revolta, fica com raiva, sofre,
mas não abandona.
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