Alguém
anotou a placa?
Alguém aí, por mais otimista que seja, imaginou esse
placar?
Eu, com certeza, não.
Não por acreditar que eles sejam melhores, mas, a gente
conhece bem como funcionam certas coisas na Premier League.
Felizmente, dessa vez, correu tudo (ou quase tudo) dentro
da normalidade.
Os Gunners
entraram em campo “ com sangue nos olhos” e dispostos a lutar até o fim (se
preciso fosse), para conseguir a vitória e os três pontos.
Nem precisaram lutar muito.
O placar foi aberto logo aos 02 minutos, pelo nosso belo
capitão, em falha da defesa do adversário.
Falha essa, que não foi a única, embora nem todas
resultassem em gol.
Com a desvantagem no placar, os comandados de Pep
tentaram, e muito, igualar os números, com algumas finalizações perigosas.
No entanto, David Raya os deixou bem frustrados, fazendo
grandes defesas.
O primeiro tempo acabou assim, com 1x0 para nós.
Na segunda etapa, eles voltaram ainda mais dispostos a jogar
água no nosso chopp.
E, por alguns segundos, até conseguiram, quando Haaland
empata o jogo, aos 55 minutos.
Tenho certeza que, nesse momento, vocês acharam que a
casa ia cair, né? Eu também.
E caiu.
Só que não foi a nossa. Foi a deles.
Menos de um minuto depois do empate, Partey se aproveita
de mais um erro e anota o segundo, nos colocando em vantagem outra vez.
Daí para frente, amigos, os Citizens foram ladeira abaixo, como uma perua sem freio.
Aos 62 minutos, foi a vez da base brilhar e Miles
Lewis-Skelly aumentou o placar. Era o terceiro gol, com direito a “homenagem”
ao atacante norueguês do time azul claro.
Conhecendo nossa torcida, poderia apostar que a maioria
imaginou que o time ia tirar o pé e sofrer até o fim.
Ledo engano. A rivalidade acirrada das últimas
temporadas, em que eles ganhavam os jogos (de forma justa ou não) e ficaram com
os títulos estava latente nos nossos jogadores, que mais pareciam guerreiros.
Kai Havertz, sempre tão questionado e menosprezado pela
torcida, conseguiu se redimir do gol perdido na primeira etapa, em uma bela
jogada com Martinelli, aos 76 minutos.
O time de Manchester não queria entregar os pontos, mas
não tinha mais muita força para o combate.
E, nesse espírito de luta, de raça, de gana, de
rivalidade acirrada, mais um menino de Hale
End deixa o seu (já nos acréscimos – 90+2’) e colocar o último prego no
caixão do visitante.
Veja e reveja os gols da partida.
Depois do jogo do primeiro turno, em que o “Cometa” ainda
fazendo gracinhas e falando demais, vimos, ontem, um time que, além de estar
lutando por um resultado, por um título, tinha como objetivo derrotar o
adversário.
E o fez de forma acachapante, humilhante.
Goleou o time que está acostumado a golear.
Venceu o time que está acostumado a vencer.
E devolveu as gracinhas sofridas no estádio deles.
Agora, deixo aqui um conselho: ganhando ou perdendo, o
importe é
STAY HUMBLE, EH!