terça-feira, 17 de setembro de 2019

Um jogo de dois tempos

Aí você fala: é claro, todo jogo de futebol é de dois tempos.

Sim, você está certo, mas não é, exatamente, isso que estou falando.

O que estou dizendo é que foi um jogo de dois tempos muito distintos.

Embora nos primeiros 45 minutos, o Arsenal não tenha sido completamente dominante, a partir dos 21 minutos, quando Aubameyang abriu o placar, sua superioridade se tornou evidente.

E logo depois, aos 32, aproveitando a instabilidade do adversário, Aubameyang aumenta o placar.

O homem dos gols.


Gunners e Gooners em festa.

E veio o intervalo.

Devem ter servido uma feijoada no vestiário do Canhão, pois não tem explicação para o que vimos na etapa final.

Um time apático, que se rendeu à pressão exercida pelos donos da casa.

Resultado da apatia: empate.

Claro que não foi só a apatia que levou a esse resultado.

As falhas individuais de nossos zagueiros foram diretamente responsáveis pelos gols dos anfitriões.

O primeiro gol deles nasceu de uma falha grotesca de Sokrátis na saída de bola.

O segundo, de um pênalti cometido por David Luiz: o segundo em 04 jogos.

Curioso esse número tão alto, considerando que, em 160 jogos por seu antigo clube, o brasileiro cometeu apenas 03 pênaltis.

Na verdade, o que me espanta mesmo, é o número tão baixo de pênaltis cometidos no Chelsea.

Como eu já disse, nunca o considerei um grande zagueiro e sempre o achei supervalorizado.

Parte da torcida culpa o técnico Unai Emery.

Dizem que fez as substituições erradas e que piorou a qualidade do time em campo.

Alguns já pedem a sua saída.

Pedir a saída do treinador, acho um pouco exagerado.

Dizer que ele errou nas substituições, talvez esteja correto.

No entanto, creio eu que, todos os jogadores do elenco são profissionais e sabem o que deve ser feito em campo.

Se não o fazem, o erro não é de quem está comandando do lado de fora.

A menos que o técnico monte um esquema de jogo que não funciona.

Aí cabe aos jogadores – liderados pelo capitão – alterar o esquema dentro de campo e garantir o resultado positivo.

Confesso que não sei se, numa equipe inglesa, com tantos jogadores estrangeiros (grande maioria europeus) isso aconteceria.

O capitão teria que ser muito ousado para desobedecer às ordens dadas e fazer esse tipo de “revolução”.

Creio que seria bem interessante de ver. Principalmente, se desse certo.

O pior de tudo não foi voltar para casa levando um empate com sabor de derrota.

O pior foi perder a oportunidade de assumir a 3ª posição, empatado em pontos com o Manchester City e, quem sabe, em outro momento, avançar ainda mais.

Não foi dessa vez.

Só nos resta esperar surgir nova oportunidade.

E não desperdiçar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário