Fomos à Alemanha.
Fomos pressionados os 90 e poucos minutos (somando os
acréscimos).
Tivemos menos de 50% da posse de bola.
Estamos voltando com 03 pontos, 03 gols, 01 clean sheet e o primeiro lugar no grupo.
Para o que era considerado, na teoria, o jogo mais
difícil, só tenho a dizer: Nada mau!
Na verdade, é muito bom!
Estrear com vitória é, em qualquer situação, muito bom.
Se a vitória é contra o adversário “mais forte”, fica
melhor.
Se você vence na casa do adversário, certamente, ganha um
novo sabor.
Temos que reconhecer que foi, realmente, um jogo difícil.
Os donos da casa pressionaram muito, por vezes, sufocando
a equipe londrina em seu campo de defesa.
Porém, com esse esquema de jogo, acabaram abrindo espaços
para o contra-ataque rápido.
Velocidade é o que não nos falta: Aubameyang e os jovens
Smith Rowe e Willock sabem correr muito bem.
Pecaram bastante nas finalizações, cometendo muitos
erros.
Para nossa sorte, os anfitriões também não tinham os pés
muito calibrados.
A arma “secreta”
Com a pouca posse de bola e a enorme pressão do
adversário, precisamos lançar mão dos contra-ataques em velocidade.
E fizemos isso muito bem!
O lance do primeiro gol – marcado por Willock, aos 38
minutos – começou com Saka recuperando a bola e saindo em velocidade.
Aos 85 minutos, foi a vez de Saka marcar o seu – um golaço
– em contra-ataque iniciado por Xhaka e lançando para Pépé.
E, aos 88, Aubameyang recebe, de frente para o gol e dá
números finais à partida.
A defesa
Aposto que muita gente tremeu quando viu a escalação:
Chambers, Mustafi, David Luiz e Xhaka pareciam a receita para uma tragédia.
Curiosamente, nossa defesa, hoje, funcionou perfeitamente.
Encontramos a zaga perfeita?
Seria a dupla Mustafi-David Luiz a solução para os nossos
problemas?
Chambers também desempenhou muito bem o seu papel.
Até mesmo Xhaka – tão “perseguido” pela torcida – não comprometeu
de forma negativa.
Martinez
Nosso goleiro foi muito exigido, a maior parte do tempo.
A equipe alemã chegou com perigo, várias vezes.
Mas, o argentino não titubeou, teve uma atuação impecável
e garantiu o clean sheet.
Torreira
Importante destacar, ainda, a solidez defensiva com a presença
do uruguaio no lugar de Guendouzi.
Não tenho nada contra o francês, mas Torreira parece mais
focado, calmo, tranquilo.
O ataque
Lá na frente, usando a velocidade como arma, nosso ataque
só não foi mais mortal pela falta de pontaria e ótima atuação do goleiro Kevin
Trapp.
Se continuarem jogando assim, com essa qualidade, creio
que trilharemos um longo e vitorioso caminho.
Futuro promissor
Os Gunners
foram a campo com um time bem misto, incluindo jogadores jovens, recém-promovidos.
E os jovens não decepcionaram.
Todos jogaram muito bem, com atuações surpreendentes para
a tenra idade.
Não
à toa, o MOTM foi Saka, que, além de marcar um gol, ainda deu assistência para
os outros dois, em sua brilhante estreia pelo time principal.