Não conseguimos a vitória, que, hoje, teria sido bem
especial, já que o Chelsea perdeu para o Crystal Palace.
Era a nossa chance de subir na tabela, ultrapassar os Blues e encostar nos Spurs. Ficaríamos apenas um ponto atrás.
Pior. Além de não conseguir a vitória, saímos de campo
com uma derrota.
E de virada.
Aos 39 do primeiro tempo, Mertesacker abriu o placar, com
uma cabeçada em escanteio cobrado por Xhaka.
Foi o único gol do primeiro tempo e tínhamos a posse de
bola e o domínio do jogo.
Depois do intervalo, começaram as substituições em ambas
as equipes e as do Watford foram muito boas, alterando muito a forma de jogar.
Passaram a pressionar os visitantes em busca do empate,
mas nossos defensores faziam seu papel.
Até que, Richarlison se joga na área, a arbitragem aponta
a marca de cal e Deeney cobra o pênalti para empatar o jogo aos 71 minutos.
A partir daí, os anfitriões cresceram ainda mais no jogo,
empurrados pela torcida e já ajudados pela arbitragem.
E tanta pressão acabou valendo a pena.
Aos 92 minutos, depois de muito bate e rebate, Cleverley
consegue, enfim, mandar a bola para dentro do gol.
Era o gol da virada, que encerrava um tabu de 30 anos.
Há 30 anos o Watford não ganhava do Arsenal jogando em
casa.
A
busca por um culpado
Mal o árbitro apitou o final do jogo, nos grupos
começaram a pipocar os comentários culpando Özil pela derrota, por ter perdido
um gol.
Contudo, o tal gol perdido não causou a derrota.
No máximo, deixou de ampliar o placar.
O grande problema do tal gol perdido pelo alemão é que,
na sequência, saiu o gol de empate dos donos da casa.
Acontece que o gol não saiu de uma jogada ensaiada, de
uma falha da defesa, de um erro individual.
O gol de empate do Watford nasceu de um pênalti inventado.
Sim, inventado.
Richarlison se joga na área e o árbitro marca pênalti de
Bellerín.
E, como vocês sabem pênalti assinalado, Cech na meta, é
gol.
Incrível como um goleiro da categoria do Cech não é capaz
de defender pênalti.
Voltando um pouco, podemos analisar outros lances e
encontrar outros “culpados”.
Özil começou o jogo no banco de reservas por estar
voltando de lesão.
Na primeira vez que tocou na bola, fez um passe primoroso
para Iwobi que, podia ter ampliado o placar, fazendo o segundo gol – esse que
estão cobrando do alemão.
Não fez.
E, como se não bastasse, ficou um tempão deitado na área adversária,
até que Xhaka interrompeu o ataque e colocou a bola para fora, achando que
Iwobi precisava de atendimento médico.
Então ele levanta, como se nada tivesse acontecido.
Lacazette, segundo alegam, não teve chances de fazer gol
hoje.
Curioso é que ele só as tem quando joga no Emirates.
Os quatro gols que ele marcou até aqui, foram todos em
jogos em casa.
Welbeck é aquilo que a gente já sabe.
Ora faz um lance magnífico, ora faz lances bisonhos.
Honestamente, faz mais o segundo tipo.
Contar com Welbeck no ataque é pedir para perder gols.
Monreal – embora seja o que menos merece crítica – também
teve ótima chance de marcar o seu gol. E perdeu.
Giroud, coitado, teve ainda menos chances que Lacazette,
sempre muito bem marcado.
E também esteve menos tempo em campo.
No geral, o time inteiro, no segundo tempo, deixou a
desejar.
Porém, nada disso mudaria o rumo do jogo, como o fez a interferência
da arbitragem.
Ou seja, podemos procurar vários culpados, mas nunca, um
só!
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