sábado, 10 de dezembro de 2016

Arsenal 3 x 1 Stoke City – Olha a liderança aí, gente!

E não é que conseguimos assumir a liderança?

Pelo menos de forma provisória.

Tudo pode mudar amanhã, após o jogo do Chelsea.

Mas, até lá, fique feliz, comemore. Vai que amanhã a liderança se confirma.

Mais uma vez, tive problemas para assistir. Parece até praga.

O bom é que conseguimos mais uma vitória. Mais três pontos.

Estamos disputando o topo, palmo a palmo.

Acho que já ficou claro que, essa temporada, temos tudo para acreditar.

Só não podemos “cantar vitória antes do tempo”.

Como eu ando enfrentando dificuldades técnicas para acompanhar os jogos com a atenção devida, nosso querido colaborador João HenRique Alves – que entende do assunto muito mais que eu -, vai nos brindar com seus comentários a respeito do jogo:

“Chegamos à 15ª rodada do campeonato lutando forte pela ponta da tabela.

Mais do que isso: com um futebol fluido, rápido e eficaz.

Hoje, contra o Stoke, provamos que nosso elenco é, sim, muito profundo: Ramsey de fora (porque ele é o Ramsey), deu lugar a Xhaka que, quando não estava suspenso, vinha jogando.

Ele e Coquelin se revezaram na missão de proteger a zaga e levar a bola ao campo de ataque.

Ox jogou na ponta e hoje teve lampejos que ajudaram o time a chegar mais fácil à vitória.

Walcott jogou bem em um dia que Alexis não brilhou, mas fez o papel tático muito bem.

Gabriel jogou como um lateral mais fixo, mais protegendo o flanco do que dando amplitude ao lado do campo. Quando Mustafi se lesionou (deve ficar na geladeira até o Boxing Day), o feioso brasileiro voltou para sua posição de origem, dando lugar a um Bellerín que estava no banco por precaução.

O time mudou e Özil, que vinha jogando mais na armação pelo lado direito, pôde ficar mais livre, flutuando pela meiuca, como vinha jogando anteriormente, já que a dupla Bellerin-Walcott funciona “bem pra caramba” na armação/proteção como dizem aqui na roça.

Por outro lado, se Monreal e The Ox não se entendem tão bem assim, pelo menos hoje conseguiram fazer várias transições bacanas de jogo.

Apesar de sem criatividade no primeiro tempo, o time foi se aprumando e entendendo como furar o esquema de defesa da moda, que libera um meio campista para fazer uma linha defensiva de 5 jogadores.

É Mourinho fazendo escola do “bus stop”.

O jogo começou com as equipes se estudando e o fantasma dos anos anteriores, com um time desinteressando e lento, tentando, na base do futebol arte, entrar na zaga brucutu, mas bem montada.

Foi preciso um gol de juizão pra nos fazer acordar.

Por volta dos 29’, Xhaka combateu Allen dentro da área e o juizão marcou pênalti.

Eu, pessoalmente, acho que não foi: os dois disputam a bola e o braço do Bonitão Suíço sobrou na altura do rosto do jogador do Stoke.

A força dos dois foi proporcional. Porém, muitos acharam que foi.  Tanto que Allen nem vermelho ficou.

Como sabemos que Cech salva chute à queima roupa, mas não pega um penal, o gol do adversário foi o remédio amargo que precisávamos: o time acordou e passou a exercer a sua velha e boa pressão na saída de bola.

Com a lesão de Mustafi, Bellerín havia entrado pouco antes (aos 25) e deu um ânimo incrível ao nosso flanco direito.

Créditos na Imagem
No finalzinho do primeiro tempo, nossa aplicação tática deu certo: Xhaka deu toque preciso para Alexis no meio, que virou a jogada para nossa flecha espanhola.

Ele dominou, levantou a cabeça e serviu Walcott no primeiro pau, que fez seu centésimo gol por clubes na carreira.




Não dou muita bola para essas estatísticas (centésimo gol por clubes na carreira, daqui a pouco vão contar: 50 gols com a perna direita, 10º gol no sábado de aleluia, etc. o que vale é bola na rede, orra....)

Assim viramos o tempo no 1x1.

No segundo tempo, a conversa no vestiário deu resultado: Wenger fez o seu biquinho francês e com o seu já famoso inglês carregado de sotaque gaulês disse: “We have to apply more high pressing”.


Créditos na Imagem
E os meninos entenderam. Nossa marcação na saída era maluca, e o Stoke não demorou a entregar a peteca: aos 49, depois de recuperar mais uma bola no meio, a redonda sobrou para The Ox que, num momento de clarividência que não lhe é muito peculiar, fez um lançamento milimétrico para Özil.

O tedesco zóiudo com seu sentido de aranha já sabia o que fazer bem antes da bola chegar: deu um toquinho com o cocuruto pra vencer o goleirão Grant e marcar um belo tento, que nos colocou pela primeira vez em vantagem no placar.


A partir desse momento, o jogo virou e nosso ânimo também: aplicamos nosso 4-2-3-1 com maestria, não demos espaços e fomos firmes na marcação das pontas.

O Stoke se acovardou com a bola, que queimava nos pés dos Potters. Sua única jogada era com Shaqiri, que foi muito bem anulado por nossa ótima marcação por zona.

Aos 69, The Ox sai, dando lugar ao jovem Iwobi.

Quatro minutos depois, o gigante Crouch entrou no lugar de Diouf.

E, prontamente, no escanteio batido por Shaqiri, quase devolveu a igualdade ao placar, fazendo Cech trabalhar para impedir o tento, na única chance real dos Potters no jogo inteiro.

Aos 75, em jogada iniciada pelo Granito no flanco direito do ataque, Iwobi toca para Alexis, que tenta a imersão na área.

Créditos na Imagem

Ele vai para o drible e é derrubado por Indi (e depois pisoteado de propósito na maldade pelo grosso Allen), a bola sobra para o Iwobi, que estava ligado no lance: ele avança e toca na saída no número 33 para ampliar o marcador e deixar o jogo do jeito que queríamos: controlado e sem sustos.

“No alarms and no surprises, please”, como já dizia o poeta Thom Yorke.

Aos 75, nosso Niño Maravilha deu lugar ao Deus Grego Giroud só pra galera poder cantarolar contente a musiquinha no nosso esquife de ferro (a torcida não empolga mesmo. Com 3-1 no placar e a chuva fina, o Emirates parecia um túmulo).

Ele teve uma chance numa cabeçada que pegou no ombro.

Ademais, o jogo seguiu sem sustos ao seu fim e somamos mais três pontos em caixa, para chegar à liderança do campeonato.

Nossa campanha é excelente até o momento, 15 jogos, com 10 vitórias, 4 igualdades e apenas 1 revés, com 36 gols marcados no melhor ataque do campeonato e apenas 15 tentos sofridos, saldo de positivos 21, melhor da competição ao lado do Império do Mal Racista.

Corroborando o que disse ao início: nosso elenco profundo nos dá totais esperanças de lutar até o fim pelo título, já que os outros times não parecem ter tal consistência, excetuando o Império do Mal Racista que encaixou seu jogo à la italiana, com um monte de zagueiros e correria no ataque.

Bem, é isso por hora, aviso aos navegantes: vamos apoiar o time mais e parar com essa viadagem (opa, olha o politicamente incorreto no texto aí gente) de ficar com “traumas de passado” de que “ficaremos em 4º na PL” e “morreremos nas oitava da Champions”.

Estamos fazendo por merecer mais do que isso.

E nós merecemos mesmo!

Um abraço.”

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