Como já era de se imaginar, foi um jogão!
E não foi fácil – o que também já era previsto.
O que eu, pelo menos, não imaginei, era a atuação da
arbitragem favorecendo descaradamente o Leicester.
Foram vários lances em que a ação e/ou omissão da
arbitragem interferiu no rumo da partida.
Interferiu, inclusive, diretamente no resultado.
Aquele pênalti marcado a favor do Leicester, como diria
Mauro Cézar Pereira, foi um “pênalti à
brasileira”.
E, depois do jogo, andei lendo por aí que a “arbitragem
sempre favorece os grandes”; “tempo até o Arsenal virar”.
Esses comentários só demonstram uma coisa: quem os fez,
não assistiu ao jogo.
Mas, deixando a participação
especial da arbitragem de lado, vamos aos times em campo.
Os donos da casa começam a todo vapor, partindo direto
para o ataque, logo após o apito inicial.
No entanto, o primeiro lance de perigo, foi dos
visitantes.
Ainda bem que Cech estava lá para salvar as investidas
das raposas.
Apesar de muitas tentativas, com poucas chances reais de
gol, o primeiro tempo foi muito agitado e parecia que o empate permaneceria até
o intervalo.
Foi quando a arbitragem resolveu dar aquela “desequilibrada”
na partida.
Vardy dá uma simulada básica, de um choque com Monreal,
mergulhando dentro da área e o assistente marca o pênalti, confirmado pelo
juiz.
O próprio Vardy vai para a cobrança e bate com força,
mandando a bola para o fundo da rede, aos 45 minutos.
Fomos para o intervalo com a desvantagem no placar e um
saldo de três cartões amarelos: Coquelin, Koscielny e Ramsey.
Na volta para a etapa final, parece que o trio de
arbitragem percebeu que estava muito feio o que estavam fazendo e resolveram
mudar a atitude.
Logo nos primeiros minutos, Simpson leva cartão amarelo
por falta em Alexis.
Não muito depois, amarelo para Fuchs por falta em Giroud.
Aos 54 minutos, Simpson faz nova falta, dessa vez em Giroud,
leva o segundo amarelo e é expulso do jogo.
Mas não pense que a arbitragem parou de prejudicar o
Arsenal, embora de forma menos contundente.
Em um lance de falta em Özil, ele levanta e faz a
cobrança rápida, na tentativa de pegar a defesa desarrumada, mas o árbitro
manda parar o jogo e mostrar o cartão amarelo para Kanté.
Além da arbitragem, os Gunners também vieram do intervalo com alteração: Chambers no lugar
de Koscielny.
Aparentemente, foi só uma decisão preventiva, já que o
zagueiro tinha cartão amarelo.
Confesso que temi pelo pior, mas mais uma vez, o menino
me surpreendeu positivamente.
Depois da expulsão, o time de Londres cresceu em campo e
passou a sufocar o líder.
Pela quantidade de bolas que chegaram próximo ao gol de
Schmeichel, o placar deveria ter sido muito mais elástico.
Nesse ponto, devemos o placar magro à falta de pontaria
de nossos jogadores e à ótima atuação da defesa deles.
Mas, como algumas vezes a justiça prevalece, o placar foi
alterado duas vezes a favor dos anfitriões.
Imagem Arsenal FC Pictures |
Aos 70 minutos, os comandados de Wenger fazem jogada bem trabalhada,
Bellerín cruza, Giroud deixa de cabeça e Walcott - que havia entrado no lugar
de Coquelin -, completa para o gol, empatando o jogo.
Ainda não era o suficiente, mas já era um resultado
melhor que a derrota – melhor um ponto que nenhum.
Não se deixe iludir pelo meu comentário. Não houve recuo,
retranca, nem tirada de pé.
Mesmo com o empate, os Gunners continuaram indo para cima, tentando a vitória a todo
custo.
A última alteração feita por Wenger foi a entrada de
Welbeck no lugar de Ox.
Imagem Arsenal FC Pìctures |
Muito aplaudido quando entrou em campo, depois de 10
meses afastado por lesão, ainda seria o responsável por nos dar a maior alegria
do dia.
A arbitragem assinala 04 minutos de acréscimo, mas, já no
último minuto, Wasileski comete falta e leva cartão amarelo.
Na cobrança, Özil levanta dentro da área e Welbeck
cabeceia para o fundo da rede, virando o jogo e nos dando a vitória necessária.
Confesso que, quando vi a bola dentro do gol, não
acreditei. Gritei gol e chorei, soltando toda a tensão retesada durante todo o
jogo. Foi emoção demais!
Com esse resultado, assumimos a segunda posição na tabela,
a dois pontos do líder.
Agora, só nos restava acompanhar o jogo da tarde e torcer
pelo empate entre Manchester City e Tottenham.
Curiosamente, a história “meio” que se repetiu: pênalti
mal marcado a favor do visitante, empate dos donos da casa – o que nos manteria
na segunda posição.
Mas o Manchester City – apontado por muitos torcedores do
Arsenal e entendidos de futebol como o grande “bicho-papão”, o time a ser
temido, o melhor elenco, o favorito ao título -, não foi capaz de segurar esse
resultado, muito menos de virar o jogo.
Na verdade, quem fez o segundo gol, foi o Tottenham, obtendo
os mesmos 51 pontos que nós, mas nos deixando em terceiro pelo saldo de gols.
Vamos fazer um destaque especial ao comandante Arsène
Wenger.
Imagem Arsenal FC Pictures |
Vocês sabem que não costumo tecer críticas ou elogios
desmerecidos, mas hoje, certamente, ele merece um destaque especial.
Estamos acostumados a ver aquelas substituições de
sempre, recuando o time. Cheguei a comentar que os próprios jogadores já
estavam fazendo isso automaticamente.
Hoje, de forma surpreendente, todas as substituições
realizadas – com exceção de Koscielny por Chambers – foram colocando o time
para frente.
E deram muito certo, os dois homens saídos do banco,
fizeram os gols que precisávamos.
Hoje, Arsène Wenger demonstrou visão de jogo, coragem e
ousadia. E foi parabenizado pelo resultado final.
O que pudemos ver hoje, em campo, foi um time jogando com
raça, com vontade de vencer, buscando o resultado, superando as adversidades e
conseguindo o êxito.
Foi sofrido, para variar, mas valeu a pena.
Agora teremos uma pausa no campeonato inglês.
Nosso próximo compromisso é sábado, contra o Hull City,
pela FA Cup.
Vamos mudar o foco, mas continuar torcendo.
Boa semana a todos.
Até lá!
#COYG
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