terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Arsenal 1 x 2 Wolves

Dessa vez eu não dormi durante o jogo.

Contudo, creio que foi o incidente ocorrido logo no início da partida que me manteve acordada.

Apesar de termos perdido em casa, para mim, a pior parte do jogo foi o choque de cabeça entre David Luiz e Raúl Jiménez.

O brasileiro sofreu menos com o impacto, fez curativo na cabeça, enfaixaram para segurar e permaneceu em campo até o intervalo.

O mexicano não teve tanta sorte. Caiu desacordado, recebeu atendimento no gramado por longos 9 ou 10 minutos, recebeu oxigênio, saiu imobilizado na maca e seguiu direto para o hospital.

Após momentos de muita tensão, veio a informação de que o jogador estava consciente no hospital e reagindo ao tratamento.

Hoje (ontem) saiu a notícia de que Jiménez sofreu uma fratura no crânio, foi submetido à cirurgia e passa bem.

Os Wolves abriram o placar aos 27 minutos, com Pedro Neto.




Gabriel Magalhães empatou aos 30 – o que deu a ilusão de que conseguiríamos um bom resultado.

 



O desempate veio aos 41 minutos, com Podence.

Muita gente anda pedindo a cabeça de Arteta, usando como argumento que, há um ano, quando Unai Emery foi dispensado, estávamos em melhor posição no campeonato, com uma pontuação maior.

Ocorre que, ao que parece, as pessoas andaram esquecendo alguns fatos e circunstâncias:

1) quando Unai Emery foi dispensado, ele já tinha treinado o clube por uma temporada completa;

2) durante o tempo que esteve no comando, Emery não conseguiu implantar seu estilo de jogo;

3) Emery não tinha controle sobre o elenco – sequer escolheu quem usaria a faixa de capitão.

A “maior” conquista de Emery no Arsenal foi o vice da Europa League.

Já Arteta chegou no meio da temporada passada, em 20/12/2019, após sua contratação, disputamos 21 partidas pela Premier League, perdemos apenas 05.

Em março desse ano, tivemos a parada do futebol, em virtude da pandemia do coronavírus. Arteta, inclusive, foi um dos primeiros no clube a ser contaminado.

Mesmo com todas as questões negativas trazidas pela pandemia, Arteta nos guiou ao título da FA Cup.

Claro que não é o título mais expressivo a ser conquistado por um clube da grandeza do Arsenal, no entanto, ponderando os eventos extracampo, considero uma ótima conquista.

Começamos a atual temporada pouco tempo após o encerramento da anterior. Os jogadores não tiveram férias.

Ainda assim, ganhamos a Community Shield.

Ao contrário das anteriores, esta temporada começou com o elenco sendo montado, com o clube fazendo contratações e vendendo jogadores – o que dificulta a implantação da visão do técnico no trabalho.

Em determinado momento, apesar de termos 8 ou 9 zagueiros no elenco, Arteta tinha dificuldade para montar a defesa já que tinha 5 deles lesionados, incluindo Pablo Marí, que se lesionou em 17/06 e ainda não retornou aos gramados.

Nessa mesma condição está Gabriel Martinelli, lesionado em 21/06.

Levo em conta, ainda, o fato de Pépé – contratação mais cara – ainda não ter provado que valeu o investimento, a gritante queda de desempenho de Ceballos (que foi tão bem no primeiro empréstimo), Aubameyang e Lacazette.

Claro que os citados não foram os únicos a ter queda de rendimento, mas, considerando que a função de três dos quatro é fazer gols, é, no mínimo, preocupante esse baixo rendimento.

Das 10 rodadas disputadas, perdemos 05. Com certeza não é um bom percentual, porém, por outro lado, na competição europeia, estamos indo muito bem, obrigada.

Quatro partidas disputadas, 04 vitórias, 100% de aproveitamento, invencibilidade, liderança isolada do grupo e, praticamente, garantidos na próxima fase.

Pesando as duas competições, não dá para cravar que o trabalho de Arteta não seja bom.

Dá para notar, sim, que ele está enfrentando dificuldades e, creio que, mais do que possamos imaginar e que, provavelmente, nunca vamos saber.

Particularmente, acredito que, se tivéssemos vivendo em “condições normais de temperatura e pressão”, teríamos resultados melhores.

E, por isso, devemos dar tempo ao tempo, pois, na minha visão, seria injusto julgar negativamente um trabalho de um técnico novo – em todos os aspectos – em condições tão adversas.

Quando a situação se normalizar, poderemos julgar a qualidade do trabalho de Arteta. Até lá, entendo que ele está fazendo o que pode, com o que tem.

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