Como eu disse em texto anterior, ainda não é o momento de
pedir a cabeça do Arteta.
Esse momento poderá chegar, no futuro? Talvez, não tenho
o dom de fazer previsões.
O que posso afirmar é que, se esse momento chegar, engrossarei
o coro, pedindo sua saída.
Pelo que vimos nesta quinta-feira e, por todos os resultados
conseguidos nesta edição da UEL, a nossa situação atual na PL não é culpa do
técnico. Ou, pelo menos, não só dele.
Aí você pode argumentar que os adversários na competição
europeia são mais fracos que os ingleses, contudo, alguns deles (ou todos)
estão entre os principais times de seus países, sendo muito vitoriosos em suas
ligas nacionais.
E, se conseguiram chegar à fase de grupos da UEL, foi por
mérito próprio.
Acredito que a diferença não está nos adversários, mas na
nossa própria equipe.
Nesta
fase de grupos, normalmente, são escalados jogadores que não costumam ter
muitas oportunidades na PL e, assim, precisam aproveitar os minutos que lhes
são concedidos para mostrar serviço, agradar o técnico e, quem sabe, atuar
entre os “titulares”.
Dito isso, vamos ao jogo.
Lacazette, atuando como capitão, cumpriu bem seu
papel, abrindo o placar, aos 10 minutos, com uma bomba de fora da área e
levando o time à vitória.
Apenas 07 minutos depois, Pablo Marí – de volta aos
gramados, após longo tempo afastado por lesão -, marca seu primeiro gol com a
camisa dos Gunners.
Antes de acabar o primeiro tempo, aos 43 minutos, Nketiah
deixa o seu – o terceiro do canhão.
Na volta do intervalo, uma bobeada, um relaxamento e, na
quarta tentativa, após Rúnarsson salvar a primeira, Kolasinac, a segunda e
terceira, Kitagawa consegue fazer o gol de honra dos visitantes.
Então Arteta começa a fazer as substituições e, logo de
cara, troca três jogadores: Ceballos, Willian e Smith Rowe entram nos lugares
de Elneny, Nelson e Lacazette.
O jogo estava no minuto 63. Aos 66, a estrela de Smith
Rowe brilha e ele faz o quarto gol do Arsenal.
E, com essa boa atuação do time – inclusive do Pépé,
estamos garantidos na próxima fase da competição, sem ninguém ameaçar a nossa posição
em primeiro lugar no grupo, o que é muito vantajoso no momento do sorteio do
próximo adversário.
Chegamos a 15 pontos, com cinco vitórias em cinco jogos,
100% de aproveitamento.
E essa partida teve mais um ingrediente para lá de
especial: o retorno dos torcedores ao estádio.
Não, o estádio não estava lotado. Eram apenas 2000
torcedores, espalhados, cumprindo o distanciamento social, de acordo com os
protocolos adotados em virtude da pandemia do Covid-19.
Mas que diferença ter torcedores, ainda que poucos. O
jogo tem outra atmosfera, ganha outro ritmo, outros sons.
Como é bom poder ouvir o som de pessoas reais torcendo,
gritando, aplaudindo!
Talvez isso tenha ajudado a equipe a jogar com mais
ânimo, empolgação. Afinal, estavam dando um espetáculo para uma seleta plateia
presente no estádio.
E, antes da bola rolar, os jogadores se dirigiram à linha
lateral e aplaudiram os torcedores presentes.
Foi
muito bonito de se ver.
Confira: https://twitter.com/i/status/1334602666580774920.