Comemorar empate parece “bobo”.
Nesse caso, acho que podemos, sim, ficar muito contentes
com o ponto garantido no campo do adversário.
A primeira razão para comemorar é, justamente, a já
citada: estávamos jogando no campo do adversário.
Não ter a maioria da torcida a favor, é sempre um fator
negativo.
A segunda razão é que, desde os 26 minutos de jogo,
ficamos em desvantagem numérica, já que David Luiz foi expulso, ao tomar o
cartão vermelho direto após cometer pênalti.
Apesar de eu jamais ter sido fã do David Luiz e o achar
superestimado, dessa vez, a culpa não foi dele.
Digamos que ele foi “obrigado” ao ato, após a falha
grotesca de Mustafi ao atrasar a bola curta para Leno, que o levou a deixar o
gol aberto.
Creio que, qualquer jogador, naquela situação, faria o
mesmo.
Logo após a expulsão, óbvio, veio o primeiro gol do jogo,
na cobrança de pênalti por Jorginho.
A ousadia de
Arteta
Com a expulsão, a atitude natural de um técnico e que
todos esperavam, era a retirada de um jogador de frente (muitos apostavam em
Martinelli) para colocar um zagueiro e recompor a defesa.
Arteta surpreendeu a todos.
Holding foi para o aquecimento, chegou a colocar o
uniforme de jogo e ir para a linha lateral, pronto para entrar.
Mas, Mikel mudou de ideia.
Recuou Xhaka para formar dupla com Mustafi e seguiu assim
até o intervalo.
A entrada de Holding era dada como certa, no retorno para
a segunda etapa.
No entanto, isso também não aconteceu.
A primeira substituição foi a entrada de Guendouzi para o
lugar de Özil.
Víamos um time massacrando e outro sendo massacrado.
Infelizmente, os Gunners eram o
segundo time...
A estrela de
Martinelli
Até que, na sequência de uma cobrança de escanteio dos Blues, Martinelli, parte sozinho em
contra-ataque, desde o campo de defesa, segue avançando, até mandar a bola para
o fundo das redes, empatando a partida.
Foi um feito impressionante. É inegável o talento, o
potencial desse menino.
Sua estrela brilha tanto que, em dado momento, ele
adiantou a bola um pouquinho demais e o lance poderia ter sido cortado por
Kanté, mas o adversário escorregou sozinho e não conseguiu pará-lo.
Vi muita gente dizendo que Gabriel deu sorte por Kanté
ter escorregado. Verdade, mas o sucesso é feito de muito talento e um pouco de
sorte. Martinelli, claramente, tem os dois.
O gol, aos 63 minutos, deu um novo ânimo ao lado vermelho
e arrefeceu o ânimo do lado azul.
Nada do que eu diga vai se igualar à narração de Paulo Andrade:
Mas ainda tinha muito tempo de jogo.
E Leno foi muito exigido, fazendo várias boas defesas.
Até que, aos 84 minutos, finalmente, ele foi batido por Azpilicueta, em (mais
uma) cobrança de escanteio.
E a animação troca de lado, de novo.
Mas, dessa vez, não dura muito.
O retorno de
Bellerín.
Apenas três minutos depois, Bellerín empata o jogo.
O gol, em si, pode não entrar na categoria de “golaço”,
mas representa muito.
Para o jogo, claro, pois foi o que nos garantiu o empate.
Para o time, pois nos garantiu um ponto em gramados
hostis.
E, principalmente, para ele mesmo, que ficou por 367 dias
afastado dos gramados, após sofrer cirurgia decorrente de lesão grave e longa
recuperação.
Logo que retornou, sofreu nova lesão – dessa vez, de
menor gravidade -, mas que o deixou fora por mais alguns jogos.
Até o fim de semana, era dúvida se poderia participar do derby.
Foi titular, capitão e fez o gol que garantiu o ponto.
Retornou em grande estilo.
Ah, lembram da entrada do Holding, aguardada desde os 26
minutos? Aconteceu. Aos 81 minutos.
É ou não é ousado esse nosso técnico?
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