quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Chelsea 2 x 2 Arsenal – Que empate!

Comemorar empate parece “bobo”.

Nesse caso, acho que podemos, sim, ficar muito contentes com o ponto garantido no campo do adversário.

A primeira razão para comemorar é, justamente, a já citada: estávamos jogando no campo do adversário.

Não ter a maioria da torcida a favor, é sempre um fator negativo.

A segunda razão é que, desde os 26 minutos de jogo, ficamos em desvantagem numérica, já que David Luiz foi expulso, ao tomar o cartão vermelho direto após cometer pênalti.

Apesar de eu jamais ter sido fã do David Luiz e o achar superestimado, dessa vez, a culpa não foi dele.

Digamos que ele foi “obrigado” ao ato, após a falha grotesca de Mustafi ao atrasar a bola curta para Leno, que o levou a deixar o gol aberto.

Creio que, qualquer jogador, naquela situação, faria o mesmo.

Logo após a expulsão, óbvio, veio o primeiro gol do jogo, na cobrança de pênalti por Jorginho.

A ousadia de Arteta

Com a expulsão, a atitude natural de um técnico e que todos esperavam, era a retirada de um jogador de frente (muitos apostavam em Martinelli) para colocar um zagueiro e recompor a defesa.

Arteta surpreendeu a todos.

Holding foi para o aquecimento, chegou a colocar o uniforme de jogo e ir para a linha lateral, pronto para entrar.

Mas, Mikel mudou de ideia.

Recuou Xhaka para formar dupla com Mustafi e seguiu assim até o intervalo.

A entrada de Holding era dada como certa, no retorno para a segunda etapa.

No entanto, isso também não aconteceu.

A primeira substituição foi a entrada de Guendouzi para o lugar de Özil.

Víamos um time massacrando e outro sendo massacrado. Infelizmente, os Gunners eram o segundo time...

A estrela de Martinelli

Até que, na sequência de uma cobrança de escanteio dos Blues, Martinelli, parte sozinho em contra-ataque, desde o campo de defesa, segue avançando, até mandar a bola para o fundo das redes, empatando a partida.

Foi um feito impressionante. É inegável o talento, o potencial desse menino.

Sua estrela brilha tanto que, em dado momento, ele adiantou a bola um pouquinho demais e o lance poderia ter sido cortado por Kanté, mas o adversário escorregou sozinho e não conseguiu pará-lo.

Vi muita gente dizendo que Gabriel deu sorte por Kanté ter escorregado. Verdade, mas o sucesso é feito de muito talento e um pouco de sorte. Martinelli, claramente, tem os dois.

O gol, aos 63 minutos, deu um novo ânimo ao lado vermelho e arrefeceu o ânimo do lado azul.

Nada do que eu diga vai se igualar à narração de Paulo Andrade:

Mas ainda tinha muito tempo de jogo.

E Leno foi muito exigido, fazendo várias boas defesas. Até que, aos 84 minutos, finalmente, ele foi batido por Azpilicueta, em (mais uma) cobrança de escanteio.

E a animação troca de lado, de novo.

Mas, dessa vez, não dura muito.

O retorno de Bellerín.



Apenas três minutos depois, Bellerín empata o jogo.

O gol, em si, pode não entrar na categoria de “golaço”, mas representa muito.

Para o jogo, claro, pois foi o que nos garantiu o empate.

Para o time, pois nos garantiu um ponto em gramados hostis.

E, principalmente, para ele mesmo, que ficou por 367 dias afastado dos gramados, após sofrer cirurgia decorrente de lesão grave e longa recuperação.

Logo que retornou, sofreu nova lesão – dessa vez, de menor gravidade -, mas que o deixou fora por mais alguns jogos.

Até o fim de semana, era dúvida se poderia participar do derby.

Foi titular, capitão e fez o gol que garantiu o ponto. Retornou em grande estilo.

Ah, lembram da entrada do Holding, aguardada desde os 26 minutos? Aconteceu. Aos 81 minutos.

É ou não é ousado esse nosso técnico?

Por tudo isso, creio que temos muitos motivos para ficar feliz com esse empate.

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