Dizer que torcer pelo Arsenal é teste para cardíaco, é
sofrer até o último minuto, é chover no molhado.
E eu não gosto de ficar me repetindo.
A escalação de ontem foi um pouco menos trágica ou,
talvez, mais dentro do esperado.
Afinal, em tese, o time adversário era fraco, já que
ainda não havia conquistado nenhuma vitória nesta fase da competição.
Pois bem, por muito pouco não fizeram jus ao próprio nome
ontem.
Mais uma vez, em menos de uma semana, Unai Emery entra
com Willock, deixando Ceballos no banco.
E mais uma vez, em menos de uma semana, fomos
pressionados por um time teoricamente inferior.
Vamos esclarecer: não tenho absolutamente nada contra os
jovens que vêm sendo escalados. Só acho que devemos, sempre que possível,
utilizar os melhores que temos à disposição.
A equipe portuguesa abriu o placar aos 08 minutos, com
Edwards.
Martinelli, outro jovem que vem mostrando muita
capacidade e poder de decisão, empatou o jogo aos 32 minutos, de cabeça, após
receber lançamento preciso de Tierney.
E, apenas 05 minutos depois, Bruno Duarte coloca os
visitantes em vantagem outra vez.
Só não chegamos ao intervalo com uma desvantagem ainda
maior graças às defesas de Martinez e à falta de pontaria dos adversários.
Para a segunda etapa, os Gunners voltaram com duas substituições: Willock e Maitland-Niles
deram lugar para Ceballos e Guendouzi.
O jogo ficou melhor, os donos da casa começaram a
participar mais, a levar mais perigo à meta portuguesa, mas os gols não vinham.
Então Lacazette sai de campo para a entrada de Pépé. E
foi dos pés dele, em dos lances de bola parada (duas cobranças de falta) que
saíram os gols da vitória londrina.
O empate veio aos 80 minutos e o gol da virada, já nos
acréscimos (aos 92 minutos), com uma cobrança de falta sensacional.
Claro que a vitória, os 03 pontos, a liderança do grupo,
os gols marcados devem ser comemorados.
No entanto, é preciso ligar a luz de alerta.
No início da semana, a derrota para um time recém chegado
da divisão inferior, perdendo a oportunidade de subir duas posições na tabela.
No meio da semana, o sufoco para vencer uma equipe que
ainda não havia vencido nenhum jogo na fase de grupos.
Até então, não havíamos sofrido gols nessa edição da
Europa League. De repente, foram dois numa única partida.
Algo de muito errado está acontecendo no Norte de
Londres.
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