Apesar de, em alguns momentos, o Standard Liège haver
ameaçado a meta de Emiliano Martinez, o jogo foi, relativamente, fácil.
Vocês sabem que eu não gosto de classificar as partidas
desta forma, porém, não dá para não reconhecer e apontar os fatos.
Com aquela escalação “mista” que já estamos acostumados,
o time mostrou personalidade, competência e poder de decisão.
Foram 04 gols marcados, 03 pontos somados, 01 clean sheet e 1ª posição confirmada.
A joia brasileira
Saído do Ituano, aos 18 anos e desconhecido de grande
parte do público brasileiro, Gabriel Martinelli, nas poucas oportunidades que
atuou, mostrou que está valendo o investimento.
Era de se esperar que, pela pouca idade, o menino precisasse
de um prazo médio para se adaptar a tantas mudanças.
Contudo, ele dá a impressão de que sempre vestiu a camisa
Gunner.
A sua desenvoltura, o talento e o potencial para
melhorar, fazem dele um sério candidato a ídolo do clube.
Ontem, o “menino prodígio” abriu o placar aos 13 minutos
de jogo e, aos 15, marcou o segundo gol dele e do jogo.
Além dos gols, deu uma assistência e saiu de campo com o
título de Man of the Match, mais que
merecido.
A juventude em ação
Gabriel não é o único jovem talentoso na equipe.
Aliás, a média de idade em campo, ontem, era bem baixa –
principalmente nos jogadores de frente.
Assim, a juventude não tem alternativa, senão brilhar.
E brilhou.
Passaram-se apenas 06 minutos, até que Willock marcasse o
terceiro gol.
Tudo isso em pouco mais de 20 minutos de partida.
O quarto gol
O último gol da noite foi marcado por Dani Ceballos, aos
57 minutos.
Emprestado junto ao Real Madrid, o espanhol tem se
provado outro ótimo negócio, mostrando perfeita integração com o grupo e o
estilo de jogo da equipe, além de nos presentear com seu talento para criar
oportunidades de gols para ele e para os companheiros de equipe.
A defesa
A dupla de zagueiros Holding-Mustafi funcionou
perfeitamente, outra vez.
E os laterais, claro, também contribuíram bastante, tanto
na construção do placar, quanto na manutenção do clean sheet.
Não há nenhuma reclamação a fazer sobre o quarteto
defensivo.
Kieran Tierney mostrou que sabe bem o que faz, tanto na
defesa, quanto no ataque e, em grande parte dos 90 minutos, foi o responsável,
direta ou indiretamente, pelos lances de perigo à meta da equipe belga.
O retorno de Bellerín
Hector, finalmente, foi titular e esteve em campo durante
todo o jogo.
Mais que isso, foi o capitão.
Como a maior parte dos lances de ataque se desenvolveu
pelo outro lado, não consigo afirmar se temos o nosso velho Bellerín de volta
ou se ele ainda precisa de mais tempo.
O importante é que ele está de volta!
O goleiro
Emiliano Martinez vem se mostrando um goleiro competente,
ágil, flexível, inteligente.
Em dois jogos na Europa League, ainda não tomou nenhum
gol.
Quem ficou devendo
Acredito que Maitland-Niles está jogando abaixo do que
sabe e pode.
Não sei se tem algum tipo de problema pessoal que esteja
atrapalhando a sua atuação, mas já faz alguns jogos que ele vem cometendo
falhas visíveis.
Talvez seja chegado momento de deixa-lo descansando por
algum tempo, agora que Bellerín retornou e pode assumir a posição, fazendo
dupla na lateral com Kolasinac.
Outro que, no meu entendimento, ainda está devendo, é
Pépé.
Contratação mais cara do clube, ele parece estar
demorando mais que os outros que também chegaram na última janela para se
adaptar.
Eu tenho a impressão que ele sempre toma a decisão
errada: quando é para passar a bola, ele prende ou finaliza; quando é para
finalizar, ele tenta passar a bola.
Creio que já esteja na hora (ou passando dela) de ele
justificar o investimento realizado pelo Maior de Londres.
Essas foram as minhas observações sobre o jogo de ontem.
Foi uma partida sólida, com uma atuação firme, corajosa e
responsável, em que o Arsenal impôs seu estilo de jogo, fez o placar –
garantindo o resultado – no primeiro terço do jogo e, depois, embora bastasse
administrar o resultado, não relaxou e seguiu criando chances e oportunidades.
Ah,
quase esqueci: ainda tivemos um pênalti a favor não marcado pela arbitragem. Que
bom que não nos fez falta.