Foi um massacre.
Se você não assistiu ao jogo, não vai entender a minha
afirmação.
Por outro lado, quem assistiu, duvido que não concorde.
O placar não dá a dimensão do que ocorreu dentro de
campo.
Apesar da derrota, até que levamos bastante perigo à meta
deles.
Nas poucas oportunidades que tivemos, é claro.
Os donos da casa passaram a maior parte do tempo nos
pressionando, nos empurrando para o nosso próprio campo.
Os poucos momentos em que chegamos ao ataque, devemos à
velocidade de nossos jogadores de frente.
Os gols deles foram marcados por Matip (41’) e Salah (49’
e 59’).
Lucas Torreira marcou o gol de honra dos Gunners aos 85 minutos, em decorrência de
um dos poucos erros cometidos pelos Reds.
Vamos aos destaques:
David Luiz: sempre ouvi
os entendidos dizendo que ele é um dos melhores zagueiros do mundo. Nunca
concordei com tal afirmação. E, nesse jogo, ficou ainda mais claro, para mim,
que ele é superestimado.
Dois dos três gols dos Reds tiveram a participação dele: o pênalti infantil que ele
cometeu e a falha na cobertura.
São erros que um zagueiro com a sua fama e experiência não
poderiam cometer.
Guendouzi: é novo,
esforçado, tem talento e potencial, mas é muito afoito e, a meu ver, não está
pronto para atuar em grandes jogos, como titular.
Nicolas Pépé: a exemplo de
Guendouzi, é inegável que tem talento e potencial (afinal, conseguiu até
driblar Van Dijk), mas, fiquei com a impressão de que ele segura a bola um pouco
demais. Em alguns momentos, tínhamos jogadores em melhor posição, bastava ele
passar a bola...
Dani
Ceballos: contrariamente ao que vimos no jogo anterior, o
espanhol, praticamente, sumiu em campo. A marcação dos Reds foi tão eficiente que ele sequer conseguia tocar a bola – o que
me fez lembrar muito de outro jogador que dizem que “some em jogos grandes”.
Como acontece em todas as derrotas, tem um grupo de torcedores
que saem detonando o time inteiro, pedindo cabeça de 90% dos jogadores e do
treinador, o que eu acho um absurdo.
Muita gente disse que Unai Emery errou na escalação.
Talvez. O que parece que as pessoas esquecem é que continuamos com muitos
desfalques, o que dificulta o trabalho do técnico em escalar um time que cumpra
o papel desejado.
E esquecem, também, que nós não sabemos, exatamente, o
que acontece nos treinamentos; não sabemos quem rendeu o esperado; não sabemos quem
está (ou não) em plena forma física...
Acredito que, se Unai Emery cometeu algum erro, foi na
proposta de jogo.
Talvez ele tenha montado um esquema tático de acordo com
as peças que tinha à disposição – o que eu acho muito provável.
Ou, talvez, ele, simplesmente, não conseguiu colocar em
prática a proposta de jogo que tinha em mente.
O comentário que eu achei mais engraçado e estapafúrdio
foi um que dizia que “não temos um 10 habilidoso”.
Em primeiro lugar, nosso 10 não jogou.
Em segundo lugar, pode-se falar um monte de adjetivos
negativos relativos ao nosso 10, mas dizer que ele não é habilidoso é mostrar
que não entende absolutamente nada do assunto.
Não quero, com este texto, e, principalmente, com os
destaques, procurar culpados pela derrota, apenas, apontei fatos e, em alguns
momentos, a minha opinião.
Cada um de vocês é livre para ter opiniões próprias e
divergentes da minha.
Resumo da ópera: perdemos o jogo, a invencibilidade e, na
sequência da rodada, perdemos também a posição.
Agora estamos em terceiro, atrás do próprio Liverpool e
do Manchester City.
Para
a nossa alegria, dos demais adversários diretos que compõem o Big Six, apenas o Chelsea venceu e ainda
mantém uma boa distância de nós.