A nossa temporada europeia acabou.
Tudo bem que, por mais otimistas que fossem os torcedores
do Arsenal, no fundo, no fundo, ninguém acreditava piamente na classificação.
A principal função do torcedor é, justamente, torcer.
Isso serve para o torcedor de qualquer clube.
Para o torcedor do Arsenal, tem um elemento a mais: o
sofrimento.
Para o torcedor do Arsenal, não basta torcer, tem que
sofrer.
Sofrer nas vitórias – que, raramente, são tranquilas e,
óbvio, sofrer muito mais nas derrotas.
Apesar de tudo isso, como eu disse lá em cima, como
ninguém acreditava piamente na possibilidade de classificação, achei que o
sofrimento seria menor.
Não foi.
E não foi por algumas razões:
1) depois dos primeiros 10 minutos de controle total do
Bayern, o Arsenal conseguiu começar a jogar;
2) depois dos primeiros 10 minutos, o Arsenal conseguiu
ter a posse da bola;
3) depois dos primeiros 10 minutos, o Arsenal conseguiu
armar jogadas;
4) depois dos primeiros 10 minutos, o Arsenal conseguiu
ir para o ataque;
5) depois dos primeiros 10 minutos, o Arsenal conseguiu
levar perigo à meta de Neuer;
6) dez minutos depois dos primeiros 10 minutos, Walcott
abriu o placar, batendo cruzado, no alto, direto para o gol, surpreendendo a
muralha alemã, que, certamente achou que ele iria cruzar para a área.
Créditos na Imagem |
Esse gol acendeu o time e a torcida.
Claro que ainda era bem complicado conseguir a
classificação, ainda faltavam 03 gols, mas começamos precisando de 04, então,
faltava menos um.
Óbvio que o Bayern não ficou só assistindo. Eles também
jogaram, atacaram, levaram perigo à meta de Ospina, mas já não “mandavam” no
jogo.
Havia um jogo. Duas equipes se enfrentando.
Tivemos o primeiro equívoco da arbitragem que deixou de
marcar um pênalti de Xabi Alonso em Walcott, mas, vida que segue.
Veio o intervalo, com o Arsenal em vantagem no placar.
Na segunda etapa começou o pesadelo.
Aos 52 minutos, a arbitragem marca um pênalti,
inexistente, de Koscielny em Lewandowski.
Vocês conhecem o ditado: “desgraça pouca é bobagem”?
Pois é.
Não bastava a marcação do pênalti, a arbitragem resolve
expulsar o Koscielny.
Terminado o momento indignação/reclamação
dos Gunners, o próprio Lewandowski
cobrou o pênalti e empatou a partida.
Com esse gol “arranjado”,
a missão da equipe londrina voltou a complicar mais um pouco, já que teria que,
novamente, marcar 04 gols para conseguir a classificação.
Vocês podem até não acreditar no que vou contar agora.
Eu costumo assistir os jogos e ir anotando os eventos
mais importantes para poder escrever os textos depois (não posso confiar na
memória) e, no exato instante em que o Bayern empatou o jogo, eu anotei: “A arbitragem acabou com um jogo que estava
muito bom. O Arsenal vinha comandando e podia chegar ao segundo gol a qualquer
momento.”
Dito e feito.
Daí em diante, os comandados de Wenger perderam o foco, o
ânimo, ficaram nitidamente abalados.
Afinal, ter um pênalti a favor não marcado, um pênalti inexistente
marcado, um jogador (nosso melhor zagueiro e capitão) expulso injustamente
abalou profundamente o psicológico do time.
Como disse o comentarista do jogo, o Arsenal foi triplamente
punido: o pênalti, a expulsão e o gol.
Concordo que nossos jogadores deveriam ser mais “cascudos”
e não se deixar abalar tão facilmente, no entanto, todos nós sabemos que
aspecto psicológico não é o forte deles.
Diante desse cenário, tudo que o Bayern precisou fazer
foi jogar.
E eles jogaram.
E fizeram mais 04 gols: Robben, aos 68; Douglas Costa,
aos 78 e Vidal, aos 80 e 85 minutos.
O que doeu nesse jogo, o que fez o torcedor sofrer não
foi a eliminação – isso era previsível.
O que doeu foi essa “ajuda” desnecessária que o Bayern
recebeu.
Eles são superiores, individualmente e como equipe e não
precisam de “empurrãozinho do juiz”.
O fato é que eles continuam disputando a Champions League
e nós não.
Pela sétima vez consecutiva, o Arsenal é eliminado nas
oitavas de final.
Que, pelo menos, essa eliminação sirva para que se inicie
uma reformulação na equipe, a começar pelo técnico.
Não há mais clima para Arsène Wenger continuar.
A torcida não o tolera mais.
Parece que alguns jogadores também não.
Aparentemente, só quem tolera o francês é a diretoria.
Afinal, Stan Kroenke, o maior acionista não está
interessado em títulos, enquanto o clube der lucro.
Confesso que tenho algumas preocupações a respeito.
Um dos meus medos é que, com a saída do Boss (como Wenger é chamado), venhamos a
descobrir que o problema, na verdade não era ele.
Outro medo é que, com a saída do Boss o Arsenal amargue anos de resultados piores que um 4º lugar e
classificação para a Champions League.
Por mais que isso seja pouco para um time de tamanha
grandeza, não é uma tarefa tão simples conseguir esse feito por vários anos a
fio.
Agora só nos resta aguardar o fim da temporada e ver o
que acontece: se Wenger fica ou sai e quantos/quais jogadores partirão em busca
de títulos em outros gramados.
Especula-se que, um dos primeiros a partir é Alexis.
Embora eu não goste de comentar especulações (acho tempo
perdido), isso ficou meio que visível na sua atitude.
O “chileno maravilha” foi pego rindo logo após o 5º gol
dos bávaros, numa demonstração, a meu ver, de total desrespeito à camisa que
estava vestindo, aos companheiros, à torcida.
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