Mais um jogo difícil.
Mais um resultado negativo.
E esse veio num momento crucial.
Além de não diminuir a vantagem do líder, aumentar a
distância existente entre as duas equipes, houve também a perda de posição.
Como se isso não bastasse, Bellerín saiu lesionado antes
dos 15 minutos de jogo.
Acredito que todos vocês já tenham visto o lance, mas
caso alguém não tenha visto, Marcos Alonso sobe com o braço aberto e acerta uma
cotovelada na cabeça do nosso lateral espanhol.
Lance esse, aliás, que resultou no primeiro gol dos Blues.
Vou expor aqui o meu pensamento a respeito desse lance.
Foi tudo muito rápido: a cotovelada, a queda de Bellerín
no gramado e o gol – que foi validado, uma vez que a arbitragem não assinalou
falta no lance.
Mas, cá entre nós, vamos fazer um exercício.
Imagine que o lance tivesse ocorrido de forma inversa:
área do Chelsea, Bellerín sobe e acerta uma cotovelada no adversário.
Qual seria a atitude da arbitragem?
Provavelmente assinalaria falta, não validaria o gol e
ainda puniria Bellerín com cartão, possivelmente vermelho.
E se o lance ocorresse na área do Arsenal, Bellerín
acertasse o adversário com uma cotovelada?
Muito provavelmente, nosso lateral seria expulso e o árbitro
apontaria a marca de cal, assinalando o pênalti.
Não estou colocando 100% da responsabilidade pelo
resultado na arbitragem, mas será que o fato, da forma como ocorreu, não teve
nenhuma influência?
Eu, particularmente, acredito que ver um colega cair no
gramado, da forma como Bellerín caiu depois da cotovelada, ver o gol ser
validado, ver que não houve nenhuma punição ao adversário, deve mexer muito com
o aspecto emocional e psicológico de qualquer um.
Claro que os que ficaram em campo poderiam “se encher de
brio” e reverter a situação.
Não foi o que aconteceu.
Aparentemente, o abalo foi muito grande.
Tanto que o Chelsea passou a dominar o jogo.
Até tivemos alguns momentos de emoção a nosso favor, mas
não passavam disso.
O time parecia desencontrado em campo.
Alexis fez, possivelmente, a pior partida de toda a sua
carreira.
Digamos que ele viveu um Dia de Walcott – que, aliás, foi nulo em campo.
Quem se destacou positivamente foi Ox, jogando de volante
outra vez.
Por aí, dá para notar como o time jogou mal.
Mas o jargão “o que é ruim sempre pode piorar” parece o
lema dos Gunners.
E aos 53 minutos, Hazard marca um golaço, depois de
dominar a bola ainda no campo de defesa, deixar Coquelin no chão e driblar
Koscielny.
Então Giroud sai do banco e as bolas levantadas na área passam
a levar mais perigo.
Quando a torcida começou a se empolgar, achando que a
desvantagem diminuiria, Cech faz o impensável: sai errado e “entrega o ouro
para o bandido”.
E a coisa foi tão crítica, que o “bandido” em questão é
justamente Cesc Fàbregas, também chamado por grande parte da torcida de Judas.
E já estávamos com 85 minutos de jogo.
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Créditos na Imagem |
Mas, como quem tem Giroud não perde a esperança, ele
deixou o dele, aos 90 – o primeiro gol dele contra o Chelsea.
Será que se ele tivesse entrado antes o resultado seria
outro?
Com esse resultado, muitos torcedores jogaram a toalha, afirmaram que não há
mais possibilidade de título.
Na minha visão, enquanto não for matematicamente
impossível, continuo acreditando.
Talvez eu seja mais otimista.
Ou, talvez, teimosa.