segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Manchester United 1 x 1 Arsenal

Como de hábito, após o jogo andei circulando pelos grupos para sentir a impressão dos torcedores.

Encontrei vários candidatos a culpado pelo mau resultado.

Wenger, Jenkinson, Walcott, Ramsey, Elneny, Özil.

Cada um argumentava defendendo a sua escolha.

Poucos viram a situação como eu vi.

Em primeiro lugar, não era um jogo fácil (aliás, eu não acredito em jogo fácil).

Era um clássico fora de casa. O que, por si só, já é um elemento complicador.

Estávamos, como ainda estamos, desfalcados de peças muito importantes no esquema tático, técnico e de habilidade.

A escalação de Alexis como centroavante, apesar de eu já ter apontado minha crítica, tem funcionado bem. Portanto, Wenger não fez nada mais que repetir a fórmula.

Jenkinson, apesar de ter sido duramente criticado – embora esteja bem abaixo do nível de Bellerín, não chegou a ter uma atuação tão trágica a ponto de prejudicar o time.

Ramsey está voltando de lesão, sem ritmo de jogo e pegou logo uma parada dura. Mas não vi motivos para tantos adjetivos negativos.

Curioso é que, na temporada passada, ele era bem elogiado. Às vezes eu acho que torcedor é o ser mais bipolar que existe.

Quanto ao Elneny, talvez não fosse jogo para ele e, aí, Wenger teria errado na escalação. Mas isso não significa que ele não seja um bom jogador.

Mas, como ele chegou antes do Xhaka, talvez tenha sido a escolha do técnico por estar mais adaptado.

Özil fez o que conseguiu, num jogo em que não se pode destacar positivamente a atuação de ninguém (talvez do Cech).

Walcott – esse sim estava praticamente sumido em campo. Pouco se ouviu falar no nome dele nos 90 minutos de jogo.

E, aqui entre nós, com Alexis de centroavante, se Walcott não funciona, complica o restante. E eu ainda acho que Alexis não estava 100% para esse jogo.

Dito isso, depois de muito refletir, cheguei à conclusão de que há um único culpado para a fraca atuação do time no jogo de sábado: o roupeiro.

Sim, o roupeiro. É ele quem arruma as bagagens e esqueceu, trancado no cofre, lá no Emirates, em Londres, o futebol. Ou seja, o time embarcou, mas o bom futebol não.

Foi um jogo horrível de assistir.

O baixíssimo número de finalizações certas dá uma ideia de quão ruim foi o jogo.

Por outro lado...

Como eu já disse antes, não era um jogo fácil. Era um clássico fora de casa.

Estávamos perdendo e, no finalzinho, quando tudo parecia perdido, o empate.

Sabe aquele jogador que muitos chamam de fraco, caneludo, lixo, que dizem que não decide jogo; aquele francês alto, narigudo e bonitão?

Créditos na Imagem
Isso mesmo, você sabe de quem estou falando: Giroud.

Pois é. Ele pode até não ser o melhor atacante do mundo – ou o mais famoso, mas, certamente, está bem longe de merecer aqueles adjetivos citados acima.

Afinal, ele tem uma coisa importantíssima que poucas pessoas têm: estrela.

E a dele brilhou no minuto final do jogo, nos salvando da derrota que parecia inevitável.



Portanto, parem para pensar um segundo: o time jogou muito mal, fora de casa, contra um adversário complicado, estava perdendo e conseguiu um empate “milagroso”.
Acham mesmo que tem motivo para reclamar do resultado?

Particularmente, eu acho que não.

Na minha matemática é melhor somar mais um ponto que não somar nenhum.

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