Quero começar este texto dizendo que não sou a favor da
política de contratações (ou ausência delas) do clube e também sou a favor da
aposentadoria do Sr. Arsène Wenger.
Como de costume, antes de escrever – até por questões
pessoais que acabaram me atrasando – andei circulando pelos grupos e “medindo”
a opinião dos demais torcedores.
Devo dizer que, para desgosto de 99,9% deles, não
concordo com as opiniões emitidas.
Vi muita gente já predizendo o futuro do time: 4º lugar
(se muito) e eliminação nas oitavas da Champions – esses são os mais otimistas.
Os mais pessimistas predizem um futuro ainda mais
sombrio: não chega no top 4, não classifica para a próxima Champions e, claro,
será eliminado nas oitavas da competição europeia desta temporada.
Dito isso, vamos ao que interessa que é o jogo em si.
Claro que uma derrota não agrada ninguém. E, nesse ponto,
não sou diferente dos demais torcedores.
No entanto, esse deve ser o único ponto comum.
Diferente da maioria dos torcedores, eu não tinha grandes
ilusões nem esperanças de uma vitória no jogo deste domingo.
E essa minha posição se deve ao fato de estarmos com o
time muito desfalcado, de ser estreia e de ser, de cara, um clássico.
Analisando friamente, não dava para esperar uma grande
apresentação do nosso setor defensivo.
Lembrem-se de que dos nossos 04 jogadores de defesa
(zagueiros e laterais), temos 03 meninos: 02 de 21 anos e 01 de 20 anos.
Lembrem-se de que a nossa zaga escalada para esse jogo
não tem experiência, até em virtude de sua juventude.
Lembrem-se de que os nossos meninos zagueiros não têm
entrosamento, já que nunca haviam jogado juntos.
Era muita responsabilidade jogada nas costas de duas
crianças: defender o maior de Londres, numa estreia em casa, jogando um clássico.
Fizeram o que podiam fazer.
Apesar das duras críticas que li a respeito de Chambers,
ele fez até um pouco mais do que o seu papel: fez gol.
Para o meio do campo – outro setor desfalcado – também soaram
críticas.
Sobrou crítica até para o Wilshere que não jogou, mas,
pelo que mostrava a escalação estava no banco de reservas.
Quem me acompanha, sabe que também não o hábito de defendê-lo,
pelo fato de ele ficar mais tempo afastado que à disposição.
E foi com surpresa que vi seu nome entre os jogadores no
banco, uma vez que eu havia lido durante a semana que ele, provavelmente, só estaria
disponível para o jogo contra o Leicester.
Enfim, dessa vez, não tenho razões para criticá-lo.
Outro jogador de quem não sou fã é Walcott. E é claro que
ele merece crítica por ter perdido o pênalti. No final, fez muita falta.
Mas, antes que pudéssemos desfiar o rosário xingamentos,
ofensas e reclamações, ele abriu o placar, fazendo todo mundo engasgar com as
palavras não ditas.
Não pensem que, por isso, passei a admirá-lo ou a considerá-lo
um bom jogador. Não chega a tanto.
Até o jogador que eu menos gosto, Ox, não merece críticas
muito duras, já que, fez um gol, depois de um lance individual que eu
considerava impossível vê-lo fazer.
Apesar do placar adverso, do resultado negativo, do pênalti
perdido, da zaga inexperiente, o que eu vi em campo, foi um time com
personalidade.
Walcott teve personalidade suficiente para marcar um gol,
logo depois de ter perdido um pênalti.
Ox teve personalidade suficiente para fazer uma jogada
individual incrível e marcar um gol.
Chambers teve personalidade suficiente para, entre dois
adversários, ir ao “terceiro andar” e cabecear certeiro para o fundo das redes.
Mais que isso, eu vi um time que saiu na frente, sofreu
empate nos acréscimos do primeiro tempo, sofreu a virada logo nos primeiros
minutos do segundo tempo, tomou mais dois gols, estava perdendo de goleada,
lutar até o fim e tirar dois gols de diferença.
Tudo isso com muitos desfalques.
Em minha opinião, o destaque negativo foi o “chileno
maravilha” Alexis.
Dele eu esperava muito mais. Era o craque em campo e, em
nenhum momento assumiu a responsabilidade de levar o time à frente.
Pouco pegou na bola e quando pegou, pouco acertou.
Não vou fazer previsões para o restante da temporada,
pois não tenho esse poder, mas com o retorno dos nossos homens que disputaram a
Euro, a tendência é melhorar.
Pelo menos é isso que eu espero.
E creio que nisso não sou diferente de todos os demais
torcedores.
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